A Oracle divulgou na última segunda-feira (11) seus resultados financeiros do terceiro trimestre fiscal, que corresponde aos meses de dezembro 2022 e janeiro e fevereiro de 2023. Um dos destaques do balanço foi o desempenho da divisão de nuvem, que obteve receita de US$ 5,1 bilhões no período. “Esta é a primeira vez em que a receita total de nuvem é maior do que a receita de licenças de produtos”, disse a CEO da companhia, Safra Catz, em reunião com analistas e investidores. A receita de licenças é aquela que vem das aplicações on-premises da empresa, como ERP e analytics. “Fizemos a travessia”, acrescentou Catz ao falar da migração da empresa para uma empresa cloud-first.
Assim como SAP, HP, IBM e outras empresas veteranas, a Oracle nasceu e cresceu em um mundo “offline”, no qual as aplicações rodavam em data centers operados pelos próprios clientes. Com o crescimento das aplicações em nuvem, a empresa iniciou um processo de migração de produtos e soluções para plataformas de cloud. Atualmente, a Oracle ainda está longe de AWS, Microsoft e Google Cloud no mercado de nuvem pública, mas está investindo forte para expandir sua fatia no mercado. Segundo Catz, a empresa deve investir cerca de US$ 10 bilhões no próximo ano fiscal para ampliar sua rede de data centers.
“Vamos construir os maiores data centers do mundo. Estamos construindo uma instalação nos EUA onde caberiam oito Boeings 747. A demanda é muito alta e temos que atender os clientes. Estamos também construindo 20 data centers para a Microsoft, e há outros acordos multicloud a caminho”, afirmou Larry Ellison, fundador e CTO da Oracle.
Em 2024, a previsão de investimentos globais no mercado de nuvem é de US$ 679 bilhões, segundo o instituto Gartner. Estudo recente do Forrester Research aponta que a Oracle pode ser uma das maiores beneficiárias deste crescimento.
FONTE: https://istoe.com.br/oracle-nuvem-receita-2024/