Onze diretrizes do Fórum Econômico Mundial para uma IoT sustentável

Organização analisou 643 implementações e concluiu que os benefícios para as empresas e a sociedade podem ser maximizados por sem comprometer o negócio

Em um estudo divulgado esta semana, o Fórum Econômico Mundial considera que a Internet das Coisas é um dos fatores mais importantes da “Transformação Digital responsável”. Nesse sentido, propõe 11 diretrizes relevantes para todas as partes interessadas no ecossistema IoT, incluindo os provedores de tecnologia e de soluções, todos os níveis de governo, bem como agências de desenvolvimento, sociedade civil, organizações sem fins lucrativos e outros atores de o ecossistema.

A intenção por trás dessas diretrizes é incentivar a sustentabilidade nos projetos, de modo a maximizar o impacto social, sem deixar de entregar valor comercial.

Cada uma das diretrizes identifica os atores envolvidos e está segmentada em três áreas: modelos de colaboração e alinhamento de incentivos; modelos de negócios e investimento, e medição do impacto.

Para elaborá-las, a equipe do Fórum Econômico Social analisou  643 implementações de IoT, das quais 84% incidem “ou têm o potencial” de abordar os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, definidos pelas Nações Unidas.

IoT

De acordo com o relatório, a IoT aplicada à indústria fabril e transformadora, por si só, pode adicionar 14 trilhões de dólares à economia mundial até 2030. O valor econômico aumenta ainda mais quando o consumidor e o setor público são incluídos na cadeia de valor.

“Além disso, como ponto convergente de várias tecnologias da Quarta Revolução Industrial, como a Inteligência Artificial, a nuvem ou o Blockchain, a IoT possui um enorme potencial para oferecer valor social”, diz a introdução ao estudo.

As 11 diretrizes aprofundadas no estudo são:

1 ‒ Fornecer incentivos estruturais para priorização de objetivos de sustentabilidade na fase de projeto;

2 ‒ Integrar tecnologias e impulsionar o crescimento baseado em casos de uso, de forma consolidada e colaborativa, com parcerias que ajudem a superar as limitações geradas pela fragmentação do ecossistema;

3 ‒ Abordar soluções de infraestrutura primeiro para permitir modelos de negócios e facilitar a escalabilidade das soluções;

4 ‒ Simplificar os marcos legais, acelerar os processos de aquisição e envolver os especialistas para melhorar o ritmo de implantação e reduzir o risco de ciclos políticos;

5 ‒ Estabelecer, cedo, a governança de dados, considerando questões referentes à propriedade, privacidade, uso e compartilhamento dos mesmos, como um pilar central das parcerias;

6 ‒ Praticar a flexibilidade na concepção e execução de modelos comerciais;

7 ‒ Desenvolver soluções intersetoriais para desencadear benefícios mútuos e permitir novos modelos de monetização;

8 ‒ Aumentar a escala pela consolidação da procura e agregação de oferta, para atrair fontes de financiamento alternativo (por exemplo, investidores institucionais);

9 ‒ Adotar uma cultura de conscientização sobre a sustentabilidade para responder à procura das novas gerações, aumentando a reputação da marca e atraindo os melhores recursos humanos;

10 ‒ Usar um enquadramento baseado nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, para avaliar o benefício dos projetos;
potenciais impactos e medir resultados;

11 ‒ Identificar potenciais metas de desenvolvimento sustentável e objetivos que possam ser abordados pelas iniciativas de IoT e incorporá-los no desenho do modelo de negócio.

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FONTE: CIO FROM IDG