O ClassApp promete melhorar a comunicação entre os pais de alunos e as escolas

Startup faturou R$ 4 milhões em 2018

Tela do ClassApp: faturamento milionário (Foto: Divulgação)

A filha de Vahid Sherafat tem restrições alimentares. Por isso, o pai precisa manter contato constantes com os professores da menina. Mas essa tarefa pode ser difícil. Bilhetes não lidos, recomendações esquecidas e outras falhas de comunicação foram problemas enfrentados por ele – e que também atormentam dezenas de outros responsáveis por crianças em idade acadêmica. Foi tentando melhorar essa situação que ele criou o ClassApp, em 2014. No ano passado, a empresa faturou R$ 4 milhões.

aplicativo tem o objetivo de aproximar os pais e responsáveis da vida acadêmica de seus filhos. Nele, é possível ter acesso à agenda da criança, enviar bilhetes e recomendações para os professores, autorizar passeios e atividades e ser lembrado de reuniões.

O ClassApp também pretende facilitar o trabalho das escolas. Além de permitir o contato fácil com os pais dos alunos, as instituições podem acessar um histórico detalhado de todo relacionamento com a família, filtrar o envio de mensagens apenas para turmas específicas e enviar relatórios de rotina, dentre outros. O serviço possui versões para diferentes modalidades de ensino, indo do berçário até o ensino médio e também incluindo cursos de idiomas.

Segunda tentativa
Graduado em engenharia da computação e especializado na área de inteligência artificial, Vahid Sherafat tentou empreender pela primeira vez em 2013, quando abriu uma consultoria. A intenção era que o negócio orientasse grandes empresas sobre como diminuir gastos com a tecnologia.

Mas o investimento, que consumiu cerca de R$ 40 mil do empreendedor, não rendeu frutos. A dificuldade de captar clientes e a ausência de um produto de entrada, com um valor agregado mais baixo, foram os principais motivos para esse fracasso.

Apesar dessa experiência negativa, Sherafat continuou procurando nossas oportunidades de negócio.

A ideia que daria início ao ClassApp veio de uma necessidade diária do empreendedor. A filha de Sherafat possui intolerância a lactose. Por conta disso a alimentação da menina sofre certas restrições, fato que precisava ser constantemente lembrado para as professoras da criança por meio de bilhetes, nem sempre lidos. Mas como ele poderia melhorar essa situação?

ClassApp, Aplicativo (Foto: Divulgação)

 

A resposta para essa pergunta veio quase que por acaso.

O nascimento do ClassApp
Certo dia, enquanto mexia no celular, Shefarat recebeu uma notificação sobre uma alteração na bolsa de valores. Essa informação fez com que Sherafat percebesse que poderia solucionar seus problemas com um aplicativo de celular. “Eu percebi que temos todo o conhecimento do mundo na palma de nossas mãos.”

Com ajuda de seu amigo, o engenheiro civil Samin Shams, Sherafat começou a desenvolver o ClassApp em suas horas vagas.

Antes mesmo de possuir o protótipo do aplicativo, tendo apenas o layout em mãos, a primeira escola demonstrou interesse no projeto. O dinheiro levantado com esse primeiro contrato foi inteiramente reinvestido no desenvolvimento do app.

A primeira venda também trouxe mais organização para a maneira que o negócio era montado. Shams ficou inteiramente responsável por desenvolver a plataforma. Já Shefarat voltou suas atenções para captar mais clientes. Com o aumento de responsabilidades, os empreendedores também resolveram abandonar os seus empregos e se dedicar inteiramente ao projeto.

Os esforços parecem estar surtindo efeito. Popularizando-se no mercado de educação, atualmente a empresa atende cerca de 500 instituições de ensino, espalhadas por 21 estados brasileiros. Internacionalmente, a solução está presente em escolas japonesas e já foi testada na Noruega, Emirados Árabes, Dinamarca e Canadá.

ClassApp, Escritório, Limeira (Foto: Divulgação)

A contratação do ClassApp deve ser feita pelas escolas. O custos de adesão é de R$ 900 e uma tarifa de R$ 1 por aluno deve ser paga mensalmente. Para 2019, a expectativa é que o ClassApp consiga atrair investidores viabilizar um plano de expansão.

FONTE: PEGN