Novos modelos de cobrança: a tecnologia a serviço das boas relações

Desde 2014 o Brasil vem, a duras penas, enfrentando um cenário econômico adverso.

Da bonanza econômica dos anos 2000 restou pouco. O país tem vivenciado uma progressiva contração da renda, aumento do desemprego e o resfriamento dramático dos índices de produção industrial.

Na tentativa de se adaptar a esta nova realidade, inúmeros brasileiros, que não perderam o jogo de cintura, vêm buscando no empreendedorismo uma alternativa para dar a volta por cima. De acordo com pesquisa realizada pelo SEBRAE, 11 milhões de empresas foram criadas no país neste período.

De acordo com o mesmo estudo, grande maioria das novas empresas são formadas por microempreendedores individuais (MEI). Ou seja, pessoas que ainda estão aprendendo a empreender.

Para estes, um dos maiores obstáculos em busca do sucesso é o combate à inadimplência, que cresce dia a dia, quebrando recordes. De acordo com pesquisa recente do SPC Brasil e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), o número de brasileiros com CPF restrito é superior a 63 milhões, ou seja, aproximadamente 42% da população adulta.

Novatos no enfrentamento deste tipo de desafio, estes neoempreendedores penam para recuperar o crédito conferido a seus clientes, na tentativa de expandir suas vendas, sujeitando-se a um verdadeiro calvário para tentar reverter o quadro.

Alguns conseguem, por puro esforço, mas, boa parte, desiste no meio da caminhada e passa a constar na estatística. Isso prejudica seu fluxo de caixa e consome seu capital de giro, pondo em risco a continuidade dos negócios.

O difícil é saber como lidar com essa situação. Se de um lado o custo de oportunidade de não vender a prazo é muito alto, diminuindo vendas e causando antipatia em clientes. De outro, também são caras as alternativas tradicionais para evitar o problema, como a venda no cartão de crédito e o custo da gestão da inadimplência.

Em meio a este cenário turbulento, pode se identificar o florescimento de um novo segmento de atuação: empresas criativas, jovens e modernas que usam a tecnologia para apoiar o empreendedor oferecendo soluções de baixo custo e alta eficiência operacional para lidar com os mais variáveis problemas.

Esse é o caso da Neopag, uma startup brasileira que lançou uma plataforma de cartões de digitais para lojas. “Em nossa plataforma, unimos um score de confiança para crediário inteligente, que ajuda o lojista a escolher para quem dar o crédito, a uma esteira de cobrança automatizada, que reduz significativamente os custos do lojista para reaver seu dinheiro. Tudo isso através de uma relação direta entre o lojista e seu cliente em uma solução 100% mobile” dizem Fabiano e Lucas, fundadores da Fintech.

Assim, nascem novos players num mercado antes dominado por grandes instituições financeiras.

Com a ajuda das Fintechs o setor de cobranças está passando por uma enorme transformação. Elas são empresas com base tecnologia, modelo escalável e que oferecem serviços ou produtos do setor financeiro. Em sua maioria oferecem baixos custos e alta eficiência operacional.

As Fintechs chegaram para democratizar o setor financeiro, eliminar intermediários que não traziam tantos benefícios e tornar instituições financeiras aliadas de seus clientes no alcance dos objetivos.

O mercado brasileiro torce para que essas soluções criativas se multipliquem, pois elas além de contribuir para o êxito do pequeno empreendedor, ajudam a contornar problemas importantes que dificultam o ambiente de negócios no país!

 FONTE: TERRA