Novo tipo de remédio pode substituir tratamento de quimioterapia em casos de câncer

Pacientes que testaram o novo tratamento experienciaram menos náusea e perda de cabelo do que aquelas que utilizavam o tipo de remédio da quimioterapia

Um novo tipo de remédio está sendo testado no Japão e pode substituir o tratamento de quimioterapia, atualmente o mais usado em casos de câncer. Se trata do tipo de drogas chamado conjugados fármacos anti-corpos (tradução livre para antibody drug conjugates, ou ADC’s), que está sendo desenvolvido pela farmacêutica japonesa Daiichi Sankyo e que promete tratar o câncer atacando apenas as células cancerígenas em oposição a quimioterapia, que atua como uma espécie de rolo compressor no local aplicado.

Em desenvolvimento há décadas, os ADC já começam a atrair a atenção do universo da medicina, e a farmacêutica AstraZeneca Plc pagou em março US$6,9 bilhões para desenvolver os medicamentos em parceria com a Daiichi por conta de seus testes com o tratamento para câncer de mama chamado DS-8201, que está em fase final e já apresentou resultados positivos.

O DS-8201 está programado para ser aprovado nos Estados Unidos em setembro deste ano. A expectativa é que o novo remédio seja o substituto do atual medicamento mais usado para câncer de mama, o Herceptin, da Roche, que atualmente gera US$ 7 bilhões em vendas somente no país da América do Norte.

Segundo um especialista em seguros da UBS escutados pela Bloomberg, o novo tratamento pode dobrar a expectativa de vidas= de pacientes com câncer de mama, saindo de 10 meses para 20 meses de vida. Além disso, pacientes que testaram o DS-8201 experienciaram menos náusea e perda de cabelo do que aquelas que utilizavamo tipo de remédio da quimioterapia.

O DS-8201 e os ADC’s  em geral ainda estão há anos de atingir todo seu potencial, porém um relatório da Grand View Research estima que este mercado, avaliado em US$ 1,57 bilhões em 2017, pode crescer 26% por ano e atingir marca de até US$ 10 bilhões. Atualmente 56 farmacêuticas ao redor do planeta estão desenvolvendo remédios ADC.

FONTE: ISTO É DINHEIRO