Nova Zelândia utiliza chatbots para ‘enganar’ golpes de phishing

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Governo neozelandês usa bots com inteligência artificial para envolver golpistas em conversas de e-mail e ludibriá-los para proteger internautas de phishing

Milhares de golpistas online em todo o mundo estão sendo enganados por chatbots com inteligência artificial utilizados pelo governo da Nova Zelândia para proteger os internautas de golpes de phishing.

O crime cibernético custa aos neozelandeses cerca de 250 milhões de dólares neozelandeses por ano. Diante disso, o governo contratou a Netsafe, cujos programadores passaram mais de um ano projetando os bots como parte da iniciativa batizada de Re:scam, lançada na semana passada.

Os programadores desenvolveram chatbots que usam gírias locais como “aye” em uma tentativa de engajar golpistas em trocas prolongadas de e-mails, de maneira a reunir inteligência e atrair os golpistas para longe das vítimas. “Além de gírias locais, os bots também usam humor e erros gramaticais para tornar a conversa mais crível”, disse o CEO da Netsafe, Martin Cocker ao The Guardian. “À medida que o programa envolve mais conversas falsas com golpistas no exterior, seu vocabulário, inteligência e traços de personalidade irão crescer.”

Dados obtidos pelo jornal britânico revelam que, em 24 horas, 6 mil e-mails fraudulentos foram enviados para o endereço de e-mail Re:scam e houve cerca de mil conversas entre golpistas e os chatbots. Até agora, a maior troca entre um golpista e um chatbot que fingia ser um neozelandês era de 20 e-mails.

O CEO da Netsafe observa que, se os golpistas não são astutos ou prestam atenção, as trocas de mensagens podem continuar por muito e muito tempo. “Estamos realmente preocupados com o crescimento do phishing de e-mail, à medida que as vítimas permanecem essencialmente impotentes”, disse Cocker.

“Todo mundo é suscetível a esquemas de phishing online e, independentemente do nível de tecnologia, os golpistas estão se tornando cada vez mais sofisticados. O Re:scam irá se adaptar à medida que os golpistas atualizam suas técnicas, coletando dados que nos ajudarão a manter e proteger mais pessoas na Nova Zelândia”, diz o executivo. “O bot faz um trabalho muito bom de personificar quantos neozelandeses se envolveram com golpistas, os termos utilizados por eles, a linguagem a abordagem, por isso é bastante realista”, disse.

 FONTE: COMPUTERWORLD