Nordeste bate novo recorde de geração de energia solar e eólica

Região bate recorde novamente após dois dias de ter registrado a então maior geração fotovoltaica de sua história

O Nordeste bateu novos recordes de geração de energia solar e eólica, no dia 12 de novembro, apenas dois dias após ter registrado a maior geração fotovoltaica de sua história, informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

De acordo com nota do órgão, a geração solar chegou a 1,21 GW às 10h33, com fator capacidade de 95,3%, em momento em que representava 9,9% da carga da região. A geração fotovoltaica instantânea já havia batido recorde na manhã do dia 10 de novembro, quando somou 1,16 GW.

Já a energia eólica atingiu pico de geração instantânea às 22h, com 9,75 gigawatts (GW) e fator capacidade de 83,2%, o que foi suficiente para atender a 78,8% da carga nordestina no momento do recorde, superando marca de 23 de setembro.

O Nordeste vem batendo recordes mês a mês de geração solar fotovoltaica instantânea (pico). Segundo o ONS, o recorde anterior havia acontecido no dia 6 de outubro de 2019, quando foram gerados 1.142 MW.

Em relação à geração solar fotovoltaica média (média de geração ao longo do dia), o último recorde foi registrado no dia 30 de outubro, no valor de 431 MW médios. O montante corresponde a um fator de capacidade de 34% e participação na carga do Nordeste de 3,9%. O recorde anterior era de 423 MW médios, batidos no dia 15 de setembro de 2019.

Segundo a Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (ABSOLAR), o Brasil possui atualmente 2,2 GW de potência instalada operacional em usinas solares fotovoltaicas de grande porte, o equivalente a 1,3% da matriz elétrica do País. Estas usinas solares fotovoltaicas operam em nove estados brasileiros, nas regiões Nordeste, Sudeste e Norte do País, com destaque para Bahia, Minas Gerais, Ceará, Piauí e São Paulo.

Hoje, o país conta com 73 projetos de geração centralizada solar fotovoltaica em operação, contratados por meio de leilões de energia elétrica do Governo Federal. Mas a fonte solar fotovoltaica tem se tornado cada vez mais competitiva e estratégica ao Brasil. Por isso, deverá assumir maior protagonismo no planejamento da expansão da capacidade de geração da matriz elétrica brasileira, como uma das principais soluções para a redução do preço da energia elétrica e para o crescimento econômico em território nacional. Até 2023, a previsão da ABSOLAR é que os investimentos privados em grandes usinas solares fotovoltaicas no Brasil ultrapassem R$ 23,2 bilhões.

O CEO da ABSOLAR, Rodrigo Sauaia, ressalta que a região Nordeste, em especial, o alto índice de irradiação solar, favorece a atratividade para o desenvolvimento de novos projetos solares fotovoltaicos de pequeno, médio e grande portes. “As usinas solares fotovoltaicas do Brasil têm se destacado por sua alta produtividade, com fator de capacidade médio 54% maior do que a média mundial, graças à combinação de um excelente recurso solar, do uso de equipamentos e componentes modernos e de alta tecnologia e do empenho do setor na operação das usinas”, avaliou Sauaia.

FONTE: PORTAL SOLAR