Nanossatélites Planet – a realidade do monitoramento contínuo

Por Guilherme Barroso e Murilo Oliveira no MUNDOGEO em 09/12/2016

O constante avanço das tecnologias na produção de componentes cada vez menores, mais rápidos e mais eficientes, aliado a novos modelos de negócio e atuação inovadora vem transformando rapidamente o mercado geoespacial.

A Planet, empresa de atuação global que constrói e opera a maior constelação de satélites de observação da Terra do mundo, representa a prova mais consistente desta tendência do mercado geoespacial.

A Planet monitora continuamente a Terra, utilizando para isso a tecnologia dos nanossatélites, que englobam tanto o aprimoramento de satélites cada vez menores e com maior capacidade operacional, como as tecnologias de comunicação, recepção, processamento e disponibilização.

Com um número já impressionante de 63 satélites em órbita hoje e com 150 satélites previstos para estar em operação após os novos lançamentos até o final de 2017, a Planet disponibilizará coberturas diárias da Terra a partir de 2017.

A Planet é representada pela Santiago & Cintra Consultoria – SCCON, única empresa autorizada para distribuição e comercialização dos produtos e imagens Planet no Brasil.

A SCCON busca neste artigo compartilhar com os usuários do Brasil, essa inovação que tem aplicação em diversos segmentos, setores e mercados como: Governo, Meio Ambiente, Agricultura, Florestas, Energia, Utilities, Defesa e Inteligência, Empresas de Tecnologia, Universidades e Institutos de Pesquisa.

A Planet nasceu na região do Vale do Silício, São Francisco, EUA, em 2010 por engenheiros da NASA, com a visão de construir nanossatélites com capacidade de adquirir imagens contínuas da Terra, e em 2013 fizeram grandes investimentos para tornar viável a operação Planet para a cobertura de todo o globo terrestre.

A forte bagagem de conhecimento científico dos fundadores da Planet lhe conferiu, desde o início, o caráter de empresa inovadora e com alta capacidade tecnológica, criando um conceito de aprimoramento constante chamado Agile Aerospace, combinando o conhecimento ágil do setor de Tecnologia da Informação com os conceitos de Engenharia Aeroespacial, que associados aos investimentos realizados na empresa fazem da Planet a empresa de maior capacidade de monitoramento do mundo.

Os nanossatélites construídos e operados pela Planet têm dimensões menores que os satélites tradicionalmente em operação, pois utilizam o que há de mais avançado em microtecnologia. Umas das vantagens, como bem descreve Will Marshal, Presidente da Planet, é o custo de lançamento. Diferente de outras empresas do ramo, que usam um único foguete para lançar um único satélite, a Planet consegue lançar dezenas de satélites de só uma vez.

Os primeiros lançamentos tiveram início em 2014 e já em 2015 o número de satélites em órbita dobrou, modificando para sempre o mercado de sensoriamento remoto orbital.

Ainda em 2015, visando interagir com a maior comunidade de usuários de imagens de satélite do mundo, a Planet adquiriu a BlackBridge e passou a ter em seu portfólio também com os satélites da constelação RapidEye, operando também a segunda maior constelação mundial de satélites imageadores de alta resolução.

“A realidade de imageamento diário já previsto para 2017, somada ao vasto acervo das imagens RapidEye adquiridas desde 2009, acessado facilmente em uma API web são fatores fundamentais no direcionamento de novas ações relacionadas ao monitoramento e gestão mais eficazes para setores importantes como Agricultura e Meio Ambiente”, destaca Murilo Oliveira, Diretor de Desenvolvimento de Produtos e Soluções da Santiago & Cintra Consultoria.

Desde 2009, a SCCON tem atuado no mercado brasileiro liderando com inovação técnica e em seu modelo de negócios a distribuição e comercialização de imagens de satélite, a partir do lançamento da primeira constelação de satélites de observação da Terra, formada pelos cinco satélites RapidEye.

As imagens Planet são obtidas por sensores óticos, gerando imagens multiespectrais obtidas na região do visível (azul, verde e vermelho) e infravermelho, com resolução radiométrica de 12 bits e são ortorretificadas com 3,1 metros de resolução espacial.

Um comparativo de modelos de imageamento da Terra

Para adquirir imagens Planet não são necessários pedidos de programação para a aquisição de imagens novas, uma vez que os satélites estão sempre adquirindo imagens de forma automática e contínua. Basta uma assinatura ou um contrato continuado de aquisição e disponibilização em plataformas web.

O modelo Planet adiciona uma nova forma de aquisição de imagens de uma cobertura, que representa a contratação de um tempo de acesso a uma Plataforma Web (Planet Explorer), para acesso ágil a todas as imagens coletadas.

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