Na Escola do Sesi da Capital, impressora 3D aprimora oficinas tecnológicas e ensino de robótica

 rede de ensino básico do Sesi de Mato Grosso do Sul vem investindo cada vez mais em um ambiente de estímulo à concentração e absorção de conhecimentos

A aquisição de mais essa tecnologia permite que os estudantes criem seus próprios protótipos e descubram novas formas de aprender, criar e colaborar – Divulgação

A rede de ensino básico do Sesi de Mato Grosso do Sul vem investindo cada vez mais em um ambiente de estímulo à concentração e absorção de conhecimentos. Salas de aulas inovadoras, onde a lousa digital e tablets fazem parte do dia a dia do aluno, ganharam mais um reforço: a impressora 3D educacional.

A aquisição de mais essa tecnologia permite que os estudantes criem seus próprios protótipos e descubram novas formas de aprender, criar e colaborar. Com a tecnologia de impressão em 3D, é possível transformar projetos em algo concreto, palpável, o que permite fazer adaptações, corrigir erros e aprimorar a técnica ainda durante a sua formação.

Na Escola do Sesi de Campo Grande, por exemplo, o primeiro uso da impressora 3D foi destinado ao ensino de robótica e nas oficinas tecnológicas. Com elas, os alunos poderão produzir modelos 3D realistas em miniatura, que poderão ser parte de um robô usados nos torneios, ou qualquer outro protótipo.

“O Sesi trabalha com uma metodologia de ensino tecnológica e, envolver os alunos nesse processo, é natural. A impressora 3D faz com que os alunos tirem o foco da classificação, como a pontuação alcançada em tarefas e se empenhem mais em produzir resultados reais, que os ajudarão a estar mais próximos da vida profissional”, afirmou o diretor Murilo Augusto Oliveira Junior.

A impressora também reforça o ensino da programação, já que, para “criar” o objeto a ser impresso, os alunos utilizam um software – o TinkerCAD, no caso da Escola do Sesi – para elaboração do design em 3D. O TinkerCAD permite criar formas 3D geométricas, salvá-las e compartilhá-las online, bem como exportá-las para arquivos no formato “.stl” quando estiverem prontas para serem impressas em 3D.

Robótica

Capitão do Lego Jedi, time oficial de robótica da Escola do Sesi de Campo Grande, o aluno Pedro Henrique Moreira de Araújo, da 2ª série do Ensino Médio, conta que a primeira ideia foi imprimir protótipos de um chaveiro com o formato da logo da equipe, um brasão Jedi, que são personagens fictícios da série americana Star Wars integrantes de uma ordem de guardiões que dominam o lado da luz da “força” em contraposição aos Sith, que são o lado negro da “força”.

“Usávamos um chaveiro em MDF, que era produzido fora da Escola do Sesi. Quando a impressora chegou, tivemos a ideia de reproduzir o chaveiro. Usei uma peça que já estava disponível no TinkerCAD, adaptamos ela para o formato da logo do nosso time e fizemos um piloto do chaveiro, que deu supercerto”, comemorou Pedro Henrique.

Com o sucesso do primeiro teste na impressora 3D, os alunos querem ir mais longe e o próximo passo é usar o equipamento para construir a carcaça de um robô que vai competir nos próximos torneios de robótica que o Lego Jedi for participar. “No ano que vem, vamos trabalhar na impressão de uma espécie do chassi do robô”, revelou a professora Daniela Oliveira, que leciona a disciplina de Matemática é técnica da equipe Lego Jedi.

Ela completa que os estudantes são desafiados, por exemplo, a construírem a mão de um robô para que ele possa pegar uma bola, mas com a tecnologia da LEGO, que também é adotada na Escola do Sesi. “É possível fazer com no máximo três dedos. Com a impressora 3D, os alunos vão conseguir aprimorar o design e colocar uma mão com cinco dedos”, exemplificou Daniela Oliveira.

“O uso desse tipo de equipamentos revolucionará os ambientes de ensino, trazendo um novo recurso que torna o aprendizado mais interativo e dinâmico, otimizando o papel do professor e aproximando o aluno da Indústria 4.0”, conclui a professora da Escola do Sesi de Campo Grande.

FONTE:  A CRÍTICA