Na contramão do ‘inverno das startups’, BHub registra crescimento de 550% na receita em 2022

Capitalizada, a startup de gestão administrativa também aumentou o número de colaboradores e pretende seguir pisando no acelerador em 2023.

Marcelio Leal, Vanessa Muglia, Jorge Vargas Neto e Fernando Ricco: os sócios-fundadores da BHub Divulgação

Em meio a um cenário de layoffs e escassez de investimentos, a BHub tem motivos para comemorar: em 2022, ano caracterizado pelo “inverno das startups”, a startup de gestão administrativa por assinatura registrou crescimento de 550% na receita e triplicou o número de colaboradores.

Fundada em 2021 pelo empreendedor de terceira viagem Jorge Vargas Neto (founder de Biva e ZenFinance, fintechs vendidas para PagSeguro e Rappi, respectivamente) e por Fernando Ricco, Vanessa Muglia e Marcelio Leal, a BHub foi criada para oferecer serviços de backoffice digitalizados – contabilidade, fiscal, departamento pessoal e departamento financeiro. A partir de tecnologia própria, a empresa possibilita a otimização de processos contábeis, financeiros e paralegais para companhias de diferentes tamanhos, no modelo por assinatura. Segundo a startup, a solução gera uma economia mensal média de R$ 20 mil para os clientes.

“O nosso papel é ajudar empresas a terem um serviço legal por preço justo, para ter mais tempo para focar no relevante. Queremos gerar valor ajudando a navegar no mar de burocracia. É mais barato contratar o nosso serviço do que estruturar um time administrativo”, afirma Fernando Ricco, sócio-fundador e CFO da BHub. A startup encerrou 2022 com aproximadamente 400 clientes, incluindo Buser, Pipo, TokStok, 2W Energia, Noh e Education Journey.

A startup está capitalizada: em um ano, levantou R$ 180 milhões em três rodadas de captação, em um momento em que o ânimo dos investidores estava menos disposto ao risco. Ricco aponta que o runway passa de três anos e meio, uma vez que a empresa investiu apenas o valor referente ao pré-seed (R$ 23 milhões). No captable estão fundos de peso como monashees, Valor Capital Group e QED Investors. “Estamos sentados em um montante de caixa relevante, mas somos cautelosos sobre onde vamos investir, aprendemos bastante em 2022 testando estratégias de marketing e vendas. Agora temos uma visão melhor de como chegar ao cliente e converter vendas”, aponta o CFO.

Além do aumento da receita, Ricco diz que a startup melhorou a margem de lucro em mais de 400%. O número de colaboradores quase triplicou, passando de 46 para 150 funcionários. “Esse ano vai ser de consolidação e mais foco em eficiência com ênfase em tecnologia e inovação, porque é o que vai gerar mais valor aos clientes”, afirma. O executivo acrescenta que o momento de demissões em massa é positivo para a atratividade de talentos dispensados por outras empresas.

Para 2023, a startup estima crescer seis vezes a receita em comparação a 2022 e triplicar o número de clientes. Apesar do cenário incerto, Ricco afirma que a BHub vai seguir com o pé no acelerador, mas “com disciplina”. “O time está trabalhando pesado para criar um lugar onde o pequeno e médio empresário possa resolver todos os problemas”, diz. Para o segundo semestre, novas funcionalidades serão integradas ao produto.

FONTE: https://revistapegn.globo.com/startups/noticia/2023/03/na-contramao-do-inverno-das-startups-bhub-registra-crescimento-de-550percent-na-receita-em-2022.ghtml