Montadoras chinesas anunciam fim da produção de carros a gasolina

A Chongqing Changan Automobile Co. e a BAIC Motor Cor., quarto e quinto maiores construtores chineses de automóveis, respetivamente, anunciaram que a partir de 2025 deixarão de produzir veículos com motores convencionais de combustão, refere um estudo da Bloomberg New Energy.

A Geely, outros dos gigantes do setor na China, tem o objetivo de, até 2020, garantir que 90% dos seus modelos terão propulsão híbrida ou 100% elétrica. Hoje, são apenas 1,5%. Mas, não é apenas a China que está a forçar a mudança para os veículos elétricos. Um pouco por todo o mundo, do Japão aos EUA, sucedem-se os anúncios e os planos de produção de futuros modelos elétricos ou híbridos.

Na Daimler, um em cada quatro automóveis vendidos em 2025 terão um motor elétrico e o mesmo acontecerá no Grupo Volkswagen e na Honda, cinco anos mais tarde. Na semana passada, a Toyota juntou-se ao vasto rol das marcas entusiasmadas com a mobilidade elétrica, ao anunciar que até ao início de 2020 lançará 10 novos modelos 100% elétricos e que em 2030 eles deverão valer metade das suas vendas. Uma lista a que há ainda que juntar a BMW, Ford, General Motor e a Renault-Nissan, a atual número um mundial dos veículos elétricos.

Se somarmos todos os planos de produção já anunciados, em 2030 serão vendidos no mundo cerca de oito milhões de veículos elétricos, que corresponderão a cerca de 9% das vendas totais de automóveis, segundo previsões da Bloomberg New Energy Finance (infografia).

A alteração da regulação na China e na Índia, dois dos maiores mercados automóveis mundiais que vão impor quotas mínimas de produção e venda de veículos elétricos, a proibição de circulação de veículos com motores de combustão em algumas grandes metrópoles da Europa e EUA, e a rápida descida dos custos de produção das baterias, fizeram com que a indústria atingisse já o ponto crítico de mudança dos motores alimentados por petróleo, para os com baterias de iões de lítio.

De acordo com quase todos as análises, a partir de 2025, os veículos elétricos passarão a ser mais baratos que os modelos equivalentes com motores de combustão, se incluirmos os subsídios e incentivos fiscais para a compra de veículos elétricos e a penalização e o agravamento fiscal dos automóveis com propulsores convencionais diesel ou gasolina.

Como o tempo médio de posse de um automóvel é, nos países mais desenvolvidos, de seis anos, é possível que o seu próximo carro seja um elétrico.

FONTE: VERDE SOBRE RODAS