Desenvolvida pelo Banco Popular da China durante cinco anos, ela não será uma criptomoeda, mas uma alternativa digital do dinheiro físico
A China está prestes a lançar uma moeda digital oficial do país. Mu Changchun, executivo do Banco Popular da China, anunciou neste sábado (10) que o projeto, desenvolvido durante os últimos cinco anos, está pronto para entrar em operação.
Além disso, a Reuters afirma que o plano tem como objetivo diminuir custos da produção de papel-moeda e aumentar o controle do governo sobre transações. Em uma economia cada vez mais digital, uma carteira virtual oficial também deve facilitar a conexão entre serviços estatais com apps de pagamentos como o WeChat e o Alipay.
“Para emitir uma moeda digital em um país grande como a China, o emprego de arquitetura em blockchain pura não é sustentável para o consumo total”, complementou Mu Changchun. Segundo o executivo, o controle das instituições financeiras vai prevenir o uso da moeda para lavagem de dinheiro, sonegação de impostos e financiamento do terrorismo. Ademais, ele espera que o projeto ajude a internacionalização da moeda chinesa, embora não revele detalhes sobre como isto será feito.
Moedas digitais e potências globais
Embora não seja uma criptomoeda e tenha sido desenvolvida desde 2014, o timing da novidade do Banco Popular Da China a coloca no cenário internacional como uma resposta à Libra, a criptomoeda do Facebook.
Os modelos das moedas são completamente distintos. O que mais diferencia os dois projetos, no entanto, é que, enquanto o chinês é realizado por um banco estatal com total apoio do governo, o Facebook ainda está convencendo reguladores dos EUA a permitir que a Libra entre em vigor. O argumento da empresa, inclusive, é que caso o país ocidental não tome a liderança neste sentido, a China o fará primeiro.
Além do Facebook, outras gigantes estão por trás da Libra, como Uber, Visa, Paypal e Mastercard. Entretanto, o Comitê de Serviços Financeiros dos EUA ainda não vê a criptomoeda com bons olhos, e pode bloquear o lançamento previsto para 2020.
FONTE: STARTSE