Mobile World Congress: 5G viabiliza a conectividade inteligente

Hubs, roteadores, módulos de IoT e sistema Edge estão entre os lançamentos 5G apresentados esta semana em Barcelona

Na última década, a tecnologia sem fio 4G tornou-se o padrão para muitos usuários móveis em todo o mundo. Desde plataformas de mídia social como Snap e Instagram até aplicativos de transporte como Uber e Lyft, muitas empresas se beneficiaram enormemente da conectividade e velocidade confiáveis ​​fornecidas pelos atuais sistemas 4G. Estamos falando de redes capazes de atingir velocidades reais entre 10 e 50 Mbps, dependendo da operadora, que permitem jogos online móveis, transmissão em HD-TV ao vivo, videoconferência em grupo, soluções domésticas conectadas e até mesmo experiências emergentes como Realidade Virtual e Realidade Aumentada. Isso trouxe alguns problemas, como a necessidade do aumento de memória dos dispositivos ou de redução da latência ainda mais, para viabilizar soluções para setores como transporte e saúde.

Pois bem, a chegada do 5G permitirá resolver essas questões e muitas outras. Sua promessa é a de ter grande impacto em sistemas de missão crítica e, ao mesmo tempo, fornecerá a infraestrutura necessária para as tecnologias conectadas de amanhã. A Internet das Coisas (IoT), por exemplo, se beneficiará enormemente da velocidade e da largura de banda fornecidas pelo 5G, especialmente à medida que a indústria cresce: o Gartner estima que mais de 20,4 bilhões de unidades serão instaladas até 2020, enquanto os gastos relacionados à IoT atingirão quase US$ 3 trilhões. Veículos autônomos, cirurgia robótica e monitoramento de infraestrutura crítica são apenas algumas das possíveis aplicações da IoT habilitada para 5G.

O salto quântico da 5G na conectividade cria uma tremenda oportunidade para inúmeras indústrias, mas também prepara o cenário para uma interrupção em grande escala. Indústrias como saúde, manufatura e automóveis já estão adotando tecnologias e se tornando mais conectadas. Uma vez que o 5G se torne difundido, o efeito sobre estas indústrias pode ser transformador por 3 razões principais:

1 – Os dispositivos 5G têm menor latência , permitindo uma transmissão mais rápida de fluxos de dados maiores;

2 – Os dispositivos 5G são mais confiáveis , permitindo uma melhor transmissão de dados em condições extremas;

3 – O 5G é mais flexível do que o WiFi e pode suportar uma gama mais ampla de dispositivos, sensores e wearables.

Não por acaso, o tema do Mobile World Congress deste ano, que começa hoje, em Barcelona, é “Intelligent Connectivity” (conectividade inteligente). Empresas como Ericsson, Nokia, Huawei, ZTE, Qualcomm, Intel, Quectel e HTC, entre outras, transformaram o evento em palco para apresentação de soluções, bem como de planos de implantação de tecnologia e/ou serviços a partir deste ano.

Módulos IoT As soluções 5G da Quectel, por exemplo, são projetados para aplicações de banda larga empresarial e móvel, tais como acesso fixo sem fio, dispositivos móveis de hotspot, computadores Always Connected e aplicações de segurança pública e vigilância. Fornecedora de módulos para IoT, a empresa anunciou o lançamento de produtos 5G com o modem X55 e antena com transceptor RF integrado, RF Front-End (RFFE) e outros componentes da Qualcomm. Compatíveis com as especificações da versão 15 da 3GPP e capazes de operar nos modos 5G autônomo (SA) e não autônomo (NSA), os recém-lançados módulos 5G RG500Q/RG510Q e RM500Q/RM510Q da Quectel são projetados para aplicações de banda larga empresarial e móvel, tais como acesso fixo sem fio, hotspot para dispositivos móveis e aplicações de segurança pública e vigilância.

Projetado em formato LGA, o RG500Q é compatível com 5G NR sub-6 GHz, enquanto o RG510Q trabalha com bandas de espectro sub-6 GHz e mmWave. Ambos os módulos também são compatíveis com LTE Categoria 12 ou superior e recursos GNSS incorporados. Eles têm como alvo os mercados da Ásia-Pacífico, Europa, Oriente Médio e América do Norte. Projetado em formato M.2, o RM500Q trabalha com 5G NR sub-6 GHz, enquanto o RM510Q é compatível com bandas de espectro sub-6 GHz e mmWave. Ambos os módulos também são compatíveis com conectividade LTE Categoria 22, com GNSS e eSIM integrados.

Rede corporativa
As redes locais estão sendo olhadas pela Nokia como parte essencial de sua estratégia 5G, com oportunidades para redes privadas de alta velocidade sendo vistas em cidades inteligentes, portos de embarque e no setor manufatureiro.

Durante a coletiva de imprensa do MWC19 em Barcelona, ​​o presidente e CEO da empresa, Rajeev Suri, disse que muitas dezenas de milhões de usuários estariam conectados a LANs privadas, à medida que a oportunidade se desenvolve na próxima década. “Nós estabelecemos um novo grupo de negócios para lidar com esse crescimento, e estamos confiantes de que podemos aumentar nossa base de clientes por um fator de quatro no curto prazo.”

Suri nomeou líderes industriais, como Komatsu e BMW, como empresas que estão considerando seriamente os benefícios de alta velocidade fornecidos pela implantação de uma LAN privada usando a tecnologia 5G. “Isso pode envolver o uso de espectro não licenciado, mas o Wi-Fi não é a tecnologia certa para redes LAN privadas.”

Hubs, roreadores, switch Hoje, a HTC apresentou seu novo Hub 5G, projetado para facilidade de uso em ambientes domésticos e de escritório. O dispositivo permite streaming de vídeo 4K suave, a execução de jogos de baixa latência e recursos de ponto de acesso móvel 5G para até 20 usuários. As operadoras em todo o mundo oferecerão o HTC 5G Hub – incluindo Sprint, Telstra e recentemente adicionaram operadoras européias: EE (Reino Unido), Three UK, Deutsche Telekom ( Alemanha ), Sunrise ( Suíça ) e Elisa (Finlândia).

 

 FONTE: CIO