Passageiros serão cobrados automaticamente após terem seu rosto escaneado na catraca
Na China, mais de meio bilhão de pessoas usam seus celulares para pagar por serviços não digitais. O país é líder mundial em pagamentos sem usar dinheiro ou cartão, e o próximo passo será realizar transações sem nenhum dispositivo em mãos. O metrô de Shenzhen, uma das cidades chinesas mais modernas, iniciou testes para cobrar os passageiros com reconhecimento facial.
Nas catracas da estação de Futian, foram instalados tablets que reconhecem o rosto dos passageiros. O valor da passagem é debitado automaticamente da carteira virtual do usuário do metrô, segundo reportagem do South China Morning Post.
De acordo com a operadora do metrô de Shenzhen, a tecnologia pôde ser implementada graças à internet 5G de alta velocidade. A inteligência artificial que reconhece os passageiros foi desenvolvida em parceria com a empresa de telecomunicações Huawei.
“Para usar cobrança facial no futuro, passageiros deverão fazer um pré-registro de seu rosto e conectar à sua conta de pagamentos”, afirmou um funcionário da estação de Futian ao jornal chinês.
Caso os testes tenham sucesso, tecnologia deve facilitar o tráfego intenso de pessoas no metrô da China. Em Shenzhen, mais de 5 milhões de viagens são realizadas todos os dias na malha de trens subterrâneos – e ela é apenas a décima primeira cidade mais populosa do país.
Reconhecimento facial na China
Pagamentos por reconhecimento facial já são uma realidade na China, tendo sido implementados por aplicativos como o Alibaba e o WeChat Pay. A tecnologia também vem sendo usada em larga escala para segurança. Em estações de trem, por exemplo, a polícia usa câmeras inteligentes para identificar suspeitos. O projeto, aliás, serviu de inspiração para testes durante o carnaval brasileiro, que levaram à prisão de cinco pessoas.
As escolas chinesas também vêm sendo monitoradas por câmeras com reconhecimento facial. A ideia é entender as emoções dos estudantes para aprimorar a educação do país. Nesse sentido, a China também passou a identificar crianças e adolescentes que passam muito tempo jogando jogos eletrônicos e fazendo streaming dessa atividade, para protege-las da exposição na rede.
FONTE: StartSe