Metaverso na prática: Conheça 4 empresas brasileiras com vagas abertas que já lucram neste mercado

Apesar de ser conhecido pelas big techs, como Meta e Apple, o metaverso já é uma realidade lucrativa para dezenas de pequenas e microempresas no Brasil. Confira quais as oportunidades deste mercado no país e como se especializar.

Unindo a moda à tecnologia, Dacri Deviati é uma empresa de consultoria para departamentos criativos da indústria focada em moda imersiva. (Reprodução/BRIFW)

Que o metaverso está por toda parte, você já deve ter notado. Dominou as notícias, viralizou nas redes sociais e se tornou, até mesmo, a missão pessoal de personalidades como Mark Zuckerberg. Não é à toa que centenas de empresas especializadas em realidade virtual estão surgindo – e outras muitas estão mudando de foco para ingressar no metaverso.

No entanto, não são só as big techs, como Meta e Apple,  que estão investindo pesado no metaverso. Mobilizando até as micro e pequenas empresas – inclusive as brasileiras – este mercado deve movimentar entre US$ 8 e US$13 trilhões em todo o mundo até 2030.

Mesmo assim, uma dúvida permanece para muitos: “Na prática, o que dá para fazer no Metaverso e como ganhar dinheiro por lá?” E por mais que essa dúvida seja comum, já que o Metaverso ainda parece futurista e abstrato para a maioria das pessoas, dezenas de empreendedores brasileiros já descobriram o metaverso na prática e entenderam como lucrar com essa ‘nova internet’.

Oportunidades fora da área de tecnologia

É inegável que o foco do trabalho está no mercado de tecnologia e de programação, que implementa novas funções e aprimora sistemas. Porém, empresas de outras áreas também conseguiram se destacar e lucrar no Brasil investindo no Metaverso.

No setor audiovisual, por exemplo, que produz desde campanhas publicitárias, até feiras de exposição, existem quase 100 empresas atuando em experiências imersivas, de acordo com levantamento feito pela UFSCar e pela UFRJ.

Confira, a seguir, 4 empresas brasileiras que já estão lucrando com o Metaverso e que estão em busca de novos talentos para compor suas equipes:

1. Pixit

Criada em 2009, a empresa paulistana de desenvolvimento de espaços virtuais em 3D atende desde o agro tradicional até as indústrias farmacêuticas. Um dos seus maiores projetos foi uma feira on-line com 140 expositores, equivalente a 12.000m² da vida real. E a equipe não para de crescer: 32 colaboradores em 2020, 80 em 2022 e mais de 40 vagas abertas para o próximo semestre.

2. Broders

Na área de entretenimento e educação, a Broders, uma produtora criada em 2016, já lançou projetos em mais de 20 países e produziu peças com holografia ao vivo para empresas como Ford, Samsung e Mastercard. Com profissionais do design gráfico, publicidade e propaganda e audiovisual, a Broders utiliza a tecnologia para contar histórias.

3. Druid Creative Gaming

Já no mercado publicitário, a Druid Creative Gaming surgiu como uma forma de unir influenciadores, grandes marcas e o público gamer. Com um faturamento próximo de R$ 58 milhões em 2021, a empresa já conta com 78 funcionários e 35 clientes – com nomes como Itaú, Boticário e Submarino. O trabalho mais recente da empresa foi no show do rapper Emicida dentro do game “Fortnite”.

4. Dacri Deviati

Dirigida pela empresária Olívia Merquior, a Dacri Deviati é uma empresa de consultoria para departamentos criativos da indústria focada em moda imersiva. Responsável pela primeira semana de moda imersiva do Brasil, a Brazil Immersive Fashion Week, a marca é referência quando o assunto é unir metaverso e moda. Sua ação mais recente foi no “NOSSO CAMAROTE”, um camarote do sambódromo do Rio, com uma réplica do espaço na plataforma Sandbox looks digitais ativados por QR Code.

Quais as profissões mais requisitadas no Metaverso?

Assim como a internet revolucionou o modo de vida e de trabalho a partir dos anos 90, o metaverso promete mudar a forma como conversamos, jogamos, compramos e aprendemos – e, dessa vez, ainda mais rápido que a internet.

E com esse crescimento, uma demanda urgente: profissionais que entendam a tecnologia, sejam criativos e estejam dispostos a migrar para o metaverso.

As vagas são inúmeras e não é necessário trabalhar com tecnologia. Desde designer, até storyteller e gerente de operações, os salários para aqueles que aceitarem a missão de participar desta ‘revolução tecnológica’ começam em R$10.000 e já ultrapassam os R$20.000. 

E apesar de estar apenas começando, o mercado do Metaverso já possui vagas abertas em áreas como: educação, design, segurança, análise de dados, gerenciamento de pessoas, storytelling etc. A previsão é de que, em alguns anos, o mercado de trabalho se adapte completamente à realidade virtual e passe a exigir que os profissionais tenham familiaridade com as tecnologias do metaverso.

Digital Manager

Hoje, uma das profissões mais requisitadas é a do Digital Manager, profissional fundamental para o processo de implementação do metaverso nas empresas. Ele é responsável por dar o primeiro passo e definir como será a experiência do usuário final no Metaverso, assim como definir os tipos de produtos que serão criados e a estratégia de monetização dessas iniciativas.

O Digital Manager não é o executor operacional, mas sim o responsável por coordenar um time. Ou seja, as suas habilidades comportamentais são muito mais importantes que suas habilidades técnicas. Ao assumir o cargo, o profissional pode ganhar de R$12 mil a R$29 mil por mês em empresas tradicionais como Itaú e Santander.

FONTE: https://exame.com/carreira/metaverso-na-pratica-conheca-4-empresas-brasileiras-com-vagas-abertas-que-ja-lucram-neste-mercado_red-01/