Magazine Luiza cria conceito de loja que digitaliza experiência de compra física

Empresa cresce no e-commerce, mas quer estabelecer pontos de venda tecnológicos para consumidor “analógico” fora dos grandes centros urbanos

Magazine Luiza é uma das empresas que mais cresce no Brasil, movimento que é refletido na bolsa de valores. O varejista anunciou no início do mês um lucro de R$ 136 milhões no terceiro trimestre deste ano – 12% a mais que no período anterior – e levantou R$ 4,7 bilhões em nova oferta de ações na bolsa. Os bons resultados estão atrelados ao crescimento do e-commerce, cuja receita foi 96% maior em relação ao terceiro trimestre de 2018.

 Neste sentido, o Magazine Luiza vem ampliando sua atuação em meios digitais. A empresa adquiriu, em junho, a Netshoes para compor oferta de artigos esportivos na plataforma e passou a oferecer frete grátis para compras acima de R$ 99 em todo o Brasil.

No entanto, lojas físicas ainda são responsáveis por cerca de 52% das vendas do Magalu, a empresa anunciou um novo conceito de “loja virtual” que traz a experiência de compra digital ao espaço físico. A primeira loja do tipo foi inaugurada em Barra Bonita, no interior do Estado de São Paulo.

Conceito de Loja Virtual

A “loja virtual”, além de uma nova identidade visual, tem tablets em que os clientes podem ver as ofertas ou visualizar mais de 12 milhões de produtos disponíveis no catálogo da varejista. As telas interativas terão experiências diferenciadas como jogos virtuais e pagamento digital, sem necessidade de passar no caixa.

A loja também conta com um espaço anexo chamado de Magalu Para Você, destinado a eventos, cursos, palestras e outras formas de interação entre a empresa e os consumidores. “É uma loja muito flexível”, afirma Fabrício Garcia, diretor comercial do Magazine Luiza, à InfoMoney. “Poderemos transmitir ao vivo eventos realizados pela empresa, aumentar a interação para mostrar que vendemos de tudo no Magalu e aplicaremos também a tecnologia que permite fechar a venda via tablet, sem precisar ir até o caixa”.

A loja conceito tem estoque reduzido a produtos mais procurados, como smartphones. No entanto, ela serve como posto de retirada de produtos, uma solução utilizada em 30% das vendas online e que facilita a logística da Magalu.

A partir de agora, todas as novas lojas físicas da empresa seguirão o novo conceito, e espaços antigos serão reformados para alinhar ao modelo mais recente. O investimento será de R$ 40 milhões e foca em cidades fora dos grandes centros urbanos, onde, normalmente, a maior parcela da população ainda opta pelo processo analógico de compra.

“Em toda cidade em que abrimos uma loja física, nosso online vende mais. É a prova de que nossa estratégia de ser uma plataforma digital, com pontos físicos e ‘calor humano’ é acertada”, finaliza Garcia.

FONTE: STARTSE