Livance capta R$ 65 milhões para seguir digitalizando o atendimento médico

Healthtech pretende investir na abertura de novos consultórios e no aprimoramento de sua tecnologia.

Gustavo Machado, Fábio Soccol e Claudio Mifano: os fundadores da Livance — Foto: Divulgação

Livance, healthtech de gestão de consultórios, anuncia nesta terça-feira (28/11) a captação de uma rodada de R$ 65 milhões, liderada pela monashees e acompanhada pelas já acionistas Cadonau Investimentos e Terracotta Ventures.

Claudio Mifano, CEO e cofundador, contou que a rodada já estava planejada para acontecer em 2023 desde a captação anterior, de 2021, quando a startup levantou R$ 30 milhões. Desde então, ele manteve contato com investidores, fornecendo informações sobre a operação e os planos da Livance. Com a monashees, as conversas tiveram início há cerca de cinco anos.

Parte do capital será destinado para a abertura de novos consultórios. Atualmente com 14 unidades, a meta é chegar a 30 em dois anos. “Podemos atingir novos médicos em regiões que não estamos hoje e entregar mais mobilidade para quem já está com a gente. Mais de 82% dos médicos brasileiros atendem pacientes em dois locais e isso acaba sendo uma proposta de valor muito grande, porque facilita a vida dos pacientes também”, pontua Mifano.

O aporte também será direcionado para a aprimorar a tecnologia da plataforma utilizada pelos profissionais e pacientes para agendamento e pagamento de consultas. O desejo da healthtech é digitalizar mais processos do setor de saúde, trazendo maior eficiência aos usuários e reduzindo custos.

Fundada em 2017 por Mifano, Gustavo Machado e Fábio Soccol, a startup possibilita que os profissionais de saúde que pagam uma assinatura atendam os pacientes em qualquer unidade da Livance, além de contar com uma linha telefônica individual com secretária e um site profissional para o agendamento virtual de consultas. Além da parte administrativa, a plataforma faz o controle dos pagamentos recebidos pelo profissional.

Além da mensalidade, os profissionais que atendem na Livance pagam um valor pelo tempo de uso dos consultórios, contabilizado por minuto. A precificação varia de R$ 0,60 a R$ 1,60, de acordo com o tipo de sala e a região. A contabilização das utilizações é feita pela startup e cobrada ao fim do mês, junto com a assinatura. A healthtech ultrapassou a marca de 6 mil profissionais na base, com mais de 70 especialidades.

“No começo, tínhamos um público de profissionais em início de carreira. Com o tempo, ao ficarmos mais conhecidos, notamos cada vez mais profissionais acima dos 50, 70 anos, que tinham seus consultórios e perceberam que o custo era alto. É difícil encontrar um médico que tenha agenda lotada, o consultório se torna um ativo ocioso”, diz.

Com unidades em São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ) e Campinas (SP), a Livance deve iniciar a expansão pelas cidades onde já está presente, mas existe o desejo de atuar em outras regiões. “Aprendemos a ir para fora de São Paulo e funcionou bem, mas ainda não batemos o martelo. Devemos ir pouco a pouco, enquanto crescemos onde já estamos”, ressalta.

Segundo Mifano, a healthtech estuda os locais onde os médicos gostariam de estar e que façam sentido para os pacientes, mapeando estrategicamente regiões com circulação importante de pessoas. A base também é sondada para que a expansão seja mais assertiva.

FONTE:

https://revistapegn.globo.com/startups/noticia/2023/11/livance-capta-r-65-milhoes-para-seguir-digitalizando-o-atendimento-medico.ghtml