LAWTECHS: INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL E NOVAS TECNOLOGIAS REVOLUCIONANDO O DIREITO NO BRASIL

“Lawtechs – Inteligência Artificial e novas tecnologias revolucionando o Direito no Brasil” foi o tema do encontro realizado na última sexta-feira (17) pela Pactum Consultoria Empresarial na cidade de Porto Alegre no auditório Global Tecnopuc da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul. O debate envolveu produtos e serviços para  atender as demandas de advogados, escritórios e departamentos jurídicos através de inovações tecnológicas, chamados de lawtech e legaltechs.

O advogado é, e sempre será indispensável. Porém, ele precisa estar inserido nesse novo mundo, do contrário, ficará obsoleto. Estamos caminhando exponencialmente para algo novo e completamente imprevisível”, disse Bruno Feigelson, diretor-presidente da Associação Brasileira de Lawtechs e Legaltechs (AB2L). Otimista com o futuro da área, para quem está atento aos avanços tecnológicos, Feigelson defende a horizontalidade dentro do Direito, em um momento focado na colaboração. Segundo ele, vivemos na 4ª Revolução Industrial, onde só quem colabora e entende a forma como o mundo está conectado vingará.

Diferentemente de Feigelson, o co-fundador da LEX MACHINÆ, Daniel Becker foi mais “pé no chão” ao refletir sobre o futuro da área. Becker falou dos impactos do desenvolvimento de novas tecnologias na sociedade, que é o principal objetivo do portal de conteúdo.

Outro palestrante foi Henrique Flores, co-fundador da Contraktor, uma startup de lawtech que busca agilizar a gestão de contratos. Trata-se de uma plataforma de colaboração e negociação entre equipes, que apresenta o status de andamento de contratos. A proposta é diminuir o tempo de produção tornando eles completamente digitais, por meio de modelos pré-definidos e de autopreenchimento. “Explicar para advogados os benefícios de utilizar contratos na nuvem, em vez da gestão tradicional foi muito difícil. Foi através de crowdfunding e participando de competições que conseguimos projeção no mercado”.

Todos os palestrantes reforçaram a utilização de inovações, como a Inteligência Artificial (IA). Foi o caso do doutorando em Ciência da Computação, João Paulo Aires, e de Wagner Fensterseifer, da Piazzeta Advocacia Empresarial. Aires desenvolve um projeto com deep learning que se baseia em reconhecimento e produção a partir de amostras. Ele apresentou seu trabalhou no qual uma plataforma lia uma série de contratos e, depois de criar uma base, conseguia identificar contradições no texto através de nature language processing. Já Fensterseifer falou de soluções com IA para  fins de relatórios de due diligence, o Q.I.R.A. (quick investment risk assessment), que já é utilizado em alguns casos pela Piazzetta Advocacia.

FONTE:  AB2L