Carlos Sampieri criou torres com microalgas que transformam o gás carbônico em oxigênio
Assim como a maioria das grandes metrópoles, a Cidade do México sofre com a poluição dos carros e das indústrias – e, nesse caso, até de um vulcão. Para tentar solucionar o problema, um grupo de engenheiros liderados por Carlos Sampieri criou uma “árvore artificial”.
Por meio de sua startupBiomiTech, a equipe criou o BioUrban, um dispositivo que filtra a poluição do ar. Assim como as árvores reais, as torres transformam o gás carbônico presente no ar em oxigênio.
O BioUrban usa microalgas para “filtrar” o ar. Os organismos, assim como os vegetais, fazem fotossíntese para obter energia. No processo, usam o gás carbônico. O resultado da reação química é oxigênio.
A startup garante que uma única torre equivale a 368 árvores reais — mas afirma que o objetivo não é substituí-las, mas sim complementar seu trabalho.
“Tudo tem um princípio biológico, por isso usamos organismos vivos. Nós não estamos alterando o meio ambiente e nem gerando lixo”, disse Sampieri em entrevista ao site do Instituto Tecnológico e de Estudos Superiores de Monterrey, no México.
Além disso, todas as torres possuem um monitor de qualidade do ar e são sustentáveis, já que usam apenas energia solar.
A startup desenvolveu quatro modelos: o BioUrban 1.0 para uso em espaços fechados; o BioUrban Ashtray, também para uso interno, mas capaz de biodegradar bitucas de cigarro; o BioUrban 2.0, para uso externo e interno e principal produto dos mexicanos; e o BioUrban Industries, feito especialmente para caldeiras industriais.
Com quatro metros de altura, o primeiro BioUrban 2.0 foi instalado na cidade de Puebla, no México. Cada unidade do modelo custa por volta de US$ 50 mil (R$ 208 mil).
Com a invenção, a startup de Sampieri ganhou o prêmio Heineken Green Challenge de 2018.
FONTE: PEGN