Fruto de pesquisas na área da biologia com animais de corpo mole, como moluscos e minhocas, e avanços na área da robótica, pesquisadores dos Estados Unidos e da China desenvolveram um dispositivo robótico maleável e flexível com ligações nervosas. O neurorrobô mole tem uma “pele” sensorial tátil e neurologicamente integrada, o que o permite sentir interações com o ambiente externo e responder de acordo.
O pequeno robô é um primeiro passo na direção das próteses inteligentes com conexões neurais por ser capaz de realizar julgamentos e até pensar, como o pesquisar Yu exemplifica em trabalho publicado na Science Advances. “Quando a pele humana é tocada, você sente o toque”, explica Yu descrevendo paralelo entre as capacidades humanas e as funções que o novo dispositivo pode simular. Essa sensação do toque se origina no seu cérebro, a partir dos sinais emitidos por sensores da pele.
Inspirados pela natureza humana, os pesquisadores projetaram transistores sinápticos artificiais, espécie de neurônios artificiais, que continuam a funcionar mesmo após serem esticados em até 50%. Embora a função neurológica do experimento seja menos eficiente do que a humana, a equipe de cientistas afirma que a invenção marca um passo importante rumo a sistemas de engenharia mais poderosos em um futuro próximo.
Descrito pelos pesquisadores com características de alongamento semelhantes às de um elástico, o robô apresenta funções similares as das sinapses, o que permitirá criar memórias de curto prazo e também memórias de longo prazo. Outra característica importante é a pele sensorial tátil do invento, que permite “o neurorrobô detectar as batidas físicas e se locomover, de forma programada, através de sinais codificados na memória”, conclui o pesquisador.
FONTE: CANAL TECH