A inteligência artificial está mudando o paradigma da saúde

Como algoritmos bem programados conseguiram dobrar a expectativa de vida nos últimos séculos e como tal tecnologia influencia na detecção e cura de doenças na atualidade.

Os seres vivos adoecem e morrem, a vida humana, se comparada ao tempo de existencia da Terra, é extremamente rápida e curta. Em contrapartida, de acordo com a World Health Organization, a expectativa de vida mundial aumentou em cerca de 40 anos, mais do que o dobro desde 1850 até os dias atuais, mesmo intervalo de tempo no qual as tecnologias se alinharam à medicina, como, por exemplo, a invenção da ressonância magnética em 1971, uma década depois do tomógrafo em 1961.

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Dessa forma, imagine o quanto as tecnologias ainda podem alterar com os gráficos da expectativa de vida. É possível identificar problemas de saúde antes de se manifestarem no corpo humano? É possível criar anticorpos antecipadamente a essas doenças já previstas pelas inteligências artificiais? Tire as suas próprias conclusões após a leitura abaixo:

O conceito de inteligência artificial

De forma geral, inteligências artificiais são mecanismos ou softwares altamente programados que visam criar soluções para problemas específicos, simulando um pensamento lógico que remete ao raciocínio humano, por meio da interpretação de dados e aprendizado automático.

É encontrado o uso de tal tecnologia nos mais diversos âmbitos, sejam eles técnicos ou sociais. Na saúde, área na qual iremos manter o foco nesse artigo, sua principal utilidade é na cooperação com o diagnóstico precoce de doenças, por meio da extração de informações úteis dos pacientes para auxiliar na adoção de medidas de prevenção em tempo real.

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Prever ao invés de reagir

A princípio, vale destacar que ações como abastecer cidades com água limpa, adquirir hábitos higiênicos e a criação do antibiótico são consequências do progresso científico que impulsiona inquestionavelmente o combate às mais diversas doenças e as principais epidemias mundiais. Assim também, visto que as tecnologias tiveram avanços de extrema significância nos ultimos anos, as inteligências artificias vem sendo programadas não só para reagir a doenças, mas também para previni-las de forma mais prática, rápida e eficiente, vizando não só a doenças causadas por vírus que podem ser previnidas pelos hábitos tradicionais, como lavar as mãos e usar alcool em gel, mas também a doenças geneticas que são desenvolvidas no próprio organismo do individuo.

Em seguida, levamos em consideração o padrão de que os pacientes são diagnosticados apenas quando começam a mostrar sinais visíveis da sua doença, podendo não haver tempo o suficiente para ser tratado, uma vez que o problema já se desenvolveu. A fim de eliminar esse parâmetro, a inteligência artificial, em parceria com os médicos, alerta sobre possíveis mudanças na saúde, em meses ou até anos antes que os sintomas apareçam, consequentemente, o paciente recebe um tratamento precoce e interrompe a condição antes que ela se manifeste.

Dessa forma, a explosão de novas tecnologias e algoritmos nos últimos anos aprofundou o aprendizado sobre tal tecnologia, tornando-a mais eficiente no reconhecimento de padrões. Exemplos disso são que, com apenas um aparelho, é possível se automonitorar e assumir a responsabilidade sobre o próprio estado de saúde; por meio de um mapeamento genético, é possível ter uma análise personalizada de acordo com o seu próprio corpo. Ao rastrear a frequência cardíaca é possível detectar potenciais problemas de saúde muito antes de surgirem sintomas óbvios.

Nesse sentido, voltemos à questão inicial: “É possível identificar problemas de saúde antes de se manifestarem no corpo humano? É possível criar anticorpos antecipadamente a essas doenças já previstas pelas inteligências artificiais?”

Já vimos que os algorismos têm a capacidade de prever doenças, alertando os profissionais de saúde a tomarem as devidas ações para que o problema não se desenvolva. Ademais, cientistas já começaram a pensar sobre a criação de anticorpos por meio da ligação direta de inteligências artificiais ao sistema imunológico, entretanto, apesar das teorias, cientistas afirmam que esse método ainda é uma meta de longo prazo e está distante da realidade.

FONTE: https://www.meon.com.br/meonjovem/alunos/a-inteligencia-artificial-esta-mudando-o-paradigma-da-saude