Integração entre Mac, iPhone e iPad é ponto forte do Apple Silicon

Migração para a arquitetura ARM facilitou aos desenvolvedores a otimização dos códigos de seus programas para todo o ecossistema da empresa

A possibilidade de criar um fluxo de trabalho ininterrupto entre dispositivos mobile e desktops é um conceito muito atraente tanto para desenvolvedores quanto para usuários. Com a chegada do sistema operacional macOS Big Sur e a linha de processadores M1, a Apple passa a oferecer esta integração de forma avançada, otimizando seus aplicativos e também levando os apps de iPhone e iPad para o macOS.

A migração para a arquitetura ARM permite aos Macs executar aplicativos para iOS e iPadOS de forma nativa, facilitando aos desenvolvedores a otimização dos códigos de seus programas para todo o ecossistema da empresa.

OApple Silicon e seu chip M1 trazem melhorias para todos os aplicativos desenvolvidos pela empresa, nativos do MacOS ou não. Como exemplo, o Logic Pro, programa de edição de áudio, consegue rodar até três vezes mais instrumentos e plugins de efeito, enquanto o Final Cut Pro seria capaz de renderizar uma timeline complexa de edição de vídeo até seis vezes mais rápido.

Processador M1 trouxe várias novidades para o ecossistema Apple. Crédito: Apple/Divulgação

Essa melhora no desempenho dos aplicativos foi possível também graças a uma tecnologia chamada Universal Apps, que combina em um único aplicativo uma versão binária nativa desenvolvida para o Apple Silicon e outra para processadores Intel, fazendo com que o programa possa ser rodado em todos os Macs. A Adobe é uma das empresas que vão lançar aplicativos com esta tecnologia, começando pelo editor Lightroom, em dezembro.

Os aplicativos que não utilizarem o recurso dos Universal Apps poderão usufruir da tecnologia Rosetta 2, que fará a “tradução” dos programas desenvolvidos para Macs com processadores Intel para o sistema Apple Silicon. Criada em 2006, quando os Macs mudaram de processadores da Motorola para modelos PowerPC, a aplicação emula camadas de compatibilidade com processadores anteriores desde então. A nova versão, Rosetta 2, é capaz de traduzir os aplicativos desde a instalação.

Arquitetura ARM ofereceu novas possibilidades aos Macs. Crédito: Apple/Divulgação

Com ares revolucionários, a transição não seria eficiente se não houvesse a aceitação dos desenvolvedores, e estes abraçaram a ideia, classificando a mudança para o chip M1 como “incrível” durante o Apple Event realizado no início de novembro.

Para István Csanády, CEO da Shapr3D, este momento era aguardado há muito tempo, enquanto Ash Hewson, da Affinity, explicou que a preparação de seus aplicativos para o Apple Silicon no Mac durou literalmente um dia. “Conseguimos as primeiras unidades de desenvolvedor assim que foram anunciadas. Não precisamos fazer nada para portá-los”, complementou Phil Libin, CEO da All Turtles e da mmhmm.

FONTE: https://olhardigital.com.br/noticia/integracao-entre-mac-iphone-e-ipad-e-ponto-forte-do-apple-silicon/110604