Implante transforma sinais cerebrais em fala sintetizada

Pesquisadores desenvolvem uma interface de máquina cerebral que transforma sinais em fala

Um novo estudo foi realizado pelos pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF) e busca trazer a capacidade da fala de volta a pessoas com condições neurológicas debilitadas. Foi criada uma interface de máquina cerebral que pode transformar sinais cerebrais em discurso reconhecível. Em vez de tentar ler pensamentos, a tecnologia de aprendizado de máquina pega comandos de nervos individuais e os traduz para um trato vocal virtual que se aproxima da saída pretendida.

O intuito é ajudar quem passou, ou passa, por situações de acidente vascular cerebral, traumatismo cranioencefálico e doenças neurodegenerativas, como a doença de Parkinson, esclerose múltipla e esclerose lateral amiotrófica e, muitas vezes, resultam em uma perda irreversível da capacidade de falar. Os resultados não são perfeitos. Embora o sistema capture com precisão o som distinto da voz de alguém e seja frequentemente fácil de entender, há momentos em que o sintetizador produz palavras distorcidas.

Essa é uma abordagem que ainda precisa ser aprimorada e, em comparação com as existentes anteriormente, se destaca na ação de replicar o trato vocal. Os cientistas também estão testando eletrodos mais densos na interface do cérebro, bem como aprendizado de máquina mais sofisticado, os quais poderiam melhorar a precisão geral. A ação da máquina ainda é propensa a erros e lenta, permitindo um máximo de 10 palavras por minuto, em comparação com as 100 a 150 palavras por minuto de fala natural.

Os pesquisadores afirmam que no futuro, essa abordagem pode não apenas restaurar a comunicação fluente para deficientes, mas também pode reproduzir parte da musicalidade da voz humana que transmite as emoções e a personalidade do falante. Se o objetivo deles de devolver a voz para essas pessoas acontecer, essa pode ser uma ajuda para se sentirem mais conectados à sociedade.

FONTE: OLHAR DIGITAL