IAC ESTUDA USO DE DRONES PARA ESTIMAR EROSÃO EM LAVOURAS

O IAC (Instituto Agronômico do Campinas) iniciou uma pesquisa inédita para incluir as estimativas de erosão em solos cultivados (ou seja, cobertos) às funcionalidades dos drones, bem como comprovar cientificamente os dados destes veículos.

Bernardo visa também reduzir o custo do uso de drones na agricultura. (Foto: IAC)

Os vants (Veículos Aéreos Não Tripulados), como também são chamados, já são utilizados para diversas atividades na agropecuária, como mensuração de biomassa de lavouras, estimativa de colheita, identificação de estresse nas plantas, inventário de espécies e outras, mas ainda não desta maneira.

Segundo o pesquisador responsável, Bernardo Cândido, o desafio é conseguir aplicar a tecnologia de mapeamento aéreo para estimar erosão em área já cultivada pois que ninguém avançou nesse sentido até hoje no Brasil.

Com recursos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a pesquisa utiliza um drone de baixo custo e outro de última geração importado da Suíça, além de câmeras termais e um software específico para processamento das imagens.

Deste modo, o projeto será capaz de gerar mapas de relevo e qualificar as regiões mais propícias para atividades como construção de um reservatório de água ou áreas de lavoura.

O estudo será específico na cultura de citros em áreas a serem definidas para avaliar a produtividade agrícola e monitorar o processo erosivo do solo. O grupo do IAC tem intercâmbio com cientistas interessados no tema com base na Alemanha, Estados Unidos, Inglaterra e Espanha.

Validação dos drones

O estudo também visa validar cientificamente os dados levantados por drones para estabelecer critérios confiáveis para emprego uso desta tecnologia. A comprovação será importante para aumentar a confiabilidade e, por consequência, o uso de vants na agricultura.

“Não existem dados científicos que validem as informações geradas pelos veículos. Vamos validar com precisão e estabelecer os critérios para fazer estimativas confiáveis, trazer um olhar científico”, diz Cândido.

FONTE: AGEVOLUTION