Hotel futurista do Alibaba tem reconhecimento facial, robôs-mordomos e “Alexa chinesa”;

Flyzoo Hotel foi aberto na China e vai servir de vitrine para as tecnologias de ponta produzidas pela empresa

TMALL GENIE, ASSISTENTE PESSOAL DA ALIBABA, FICA NOS QUARTOS DO FLYZOO HOTEL PARA RESOLVER QUALQUER PROBLEMA DOS HÓSPEDES (FOTO: DIVULGAÇÃO/ALIBABA)

Gigante do comércio eletrônico, o Alibaba parece não estar satisfeita nunca. Depois de investir na criação de supermercados futuristas, entrar no ramo da internet das coisas e até entregar snacks e cafés para o Starbucks na China, o grupo fundado por Jack Ma agora inova também no campo da hotelaria. Para isso, criou um hotel futurista repleto de robôs, o Flyzoo Hotel.

Localizado em Hangzhou, na China, o empreendimento de 290 quartos foi elaborado em parceria com a plataforma digital de reservas hoteleiras do grupo, a Fliggy. Ele funciona como uma vitrine da empresa para as várias inovações que o Alibaba está criando no ramo da inteligência artificial, meios de pagamentos e outros.

https://www.youtube.com/watch?v=kLwCG-5sOkY

 

A experiência é fora do comum desde a reserva: no app do Fliggy, o cliente pode selecionar o andar específico em que quer ficar, e até a vista do quarto. Um serviço semelhante ao Google Street View permite ao hóspede “caminhar” virtualmente pelo hotel e conhecer seu quarto antes mesmo de sair de casa.

Chegando no hotel, terminais automatizados escaneiam o passaporte e liberam o hóspede para ir até sua acomodação. Apesar de poder optar pelos tradicionais cartões eletrônicos que funcionam como chave para elevadores e quartos, o recurso de reconhecimento facial pode ser mais interessante: depois de tirar fotos no check-in, basta se posicionar em frente aos visores espalhados pelo hotel para liberar os acessos.

Já o quarto até pareceria bastante comum, não fosse por um pequeno aparelho na cabeceira da cama: a assistente pessoal Tmall Genie, uma espécie de Alexa chinesa, dá as boas-vindas ao hóspede e fica à disposição para qualquer necessidade. Regular a luz, temperatura, abrir e fechar cortinas, ligar a TV, informar a senha do wi-fi e pedir comida no quarto são algumas das possibilidades. No entanto, é necessário falar chinês para ser atendido por ela.

Com reconhecimento facil em elevadores e quartos, o cartão-chave tradicional dos hotéis se torna desnecessário (Foto: Divulgação/Alibaba)

O serviço de quarto também é protagonizado por robôs, que levam os alimentos rapidamente aos quartos. A qualidade dos pratos, porém, é garantida por humanos – a premissa é justamente a de que, liberada de funções rotineiras, a equipe pode estar focada em dar um serviço de qualidade aos clientes do Flyzoo.

Na hora de ir embora, é só fechar a mala e sair. O check-out é feito automaticamente, o pagamento já foi realizado no cartão cadastrado, e a equipe de limpeza saberá que o quarto está liberado para ser preparado para um novo hóspede.

Resta ver como o hotel vai comportar níveis altos de lotação. No Japão, um hotel que fez um experimento semelhante e deixou robôs cuidando da experiência dos hóspedes acabou tendo problemas, e foi necessário “demitir” metade da “equipe”.

FONTE: ÉPOCA