Associação Dar a Mão e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná produzem os equipamentos em plástico maleável e biodegradável. Pesquisadores trabalham em novas texturas e tipos de movimentação para melhorar uso. Para solicitar, é necessário entrar em contato por email ou telefone. Projeto tem quatro anos e já entregou 200 dispositivos.
Um projeto criado há quatro anos, parceria entre a Associação Dar a Mão e a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), já produziu e entregou gratuitamente 200 próteses, feitas em impressoras 3D, para crianças de todo o Brasil. Os equipamentos são desenvolvidos sob medida, podem ter detalhes para atividades específicas como hipismo ou natação, além de cores e temas escolhidos pelos usuários.
“São várias cores de filamento que podem ser usadas de acordo com a sofisticação da impressora. A ideia era que fosse um atrativo psicológico para as crianças. Essa entrega personalizada incentiva a criança a usar e fica mais fácil a reabilitação na fisioterapia. O trabalho se torna gostoso, uma brincadeira mesmo”, explica a professora.
“Trabalhamos o desenvolvimento desses produtos. Cada prótese é personalizada porque você não encontra uma pessoa que seja igual à outra, sempre há diferenças. O trabalho é tentar compatibilizar tudo isso, buscar novas alternativas de materiais para aperfeiçoar”, comenta o professor Osíris Canciglieri Júnior, coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da PUCPR e líder do grupo de pesquisa Concepção e Desenvolvimento de Produtos, que instalou uma das impressoras 3D em casa para fabricar as próteses.
Os pesquisadores atualmente trabalham em novas texturas e movimentações. Para o professor Osíris Canciglieri Júnior, as próteses promovem também a inclusão escolar porque, mesmo sem deficiência intelectual ou condições neurológicas, as crianças com amputações também precisam de recursos de acessibilidade não oferecidos por colégios regulares. E o resultado dessa discriminação é o isolamento em instituições especiais.
“As crianças amputadas podem acompanhar o ensino regular sem problema e quando têm acesso às próteses, o obstáculo é superado. Do ponto de vista acadêmico, você começa a dar para a engenharia um lado mais humano”, completa o educador.
FONTE: ESTADÃO
A matéria-prima é o PLA (ácido poliláctico), derivado de recursos como amido de milho ou cana-de-açúcar,um termoplástico biodegradável e muito maleável. A prótese é durável, mas precisa ser trocada frequentemente por causa do crescimento natural da criança.
Para solicitar, é necessário entrar em contato com a associação pelo (43) 99846-9220 (telefone e Whatsapp) ou no email associacaodaramao@gmail.com.
Os voluntários atuam em conjunto com o Núcleo de Pesquisa de Produtos Orientados para Tecnologia Assistiva (POTA) do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção e Sistemas da PUCPR, coordenado pela diretora de Pesquisa e Tecnologia da Associação Dar a Mão, Lúcia Miyake.