Uma longa batalha judicial entre o Departamento de Estado dos Estados Unidos e o site Defense Distributed (ou “Defesa Distribuída” em inglês) teve um fim decretado esta semana com uma determinação favorável à fabricação de armas em impressoras 3D, que agora pode iniciar uma polêmica “era das armas baixáveis.”
Cody Wilson, que tem confrontado as autoridades federais desde 2013 e é o fundador do Defense Distributed, considera seu site como uma “organização de código aberto para arquivos digitais de armas de fogo.” Há anos o portal foi desativado por conta dele violar o Tratado Internacional de Regulação de Armas, que restringe a exportação de armas.
Agora o governo dos EUA acaba de ceder às reivindicações de Wilson para reescrever leis federais e tornar legal a fabricação de armas de fogo em impressoras 3D.
O site oficial de Wilson afirma que se “inicia formalmente a era das armas baixáveis” e que o DEFCAD (portal de compras das armas) é relançado “depois de chegar a um acordo com o Departamento de Estado dos EUA, concluindo um processo federal de vários anos.”
“Sob esse acordo, o governo redigirá e buscará emendas normativas que eliminem o controle da ITAR sobre as informações técnicas no centro deste caso”, afirmou o fundador e vice-presidente executivo da SAF, Alan M. Gottlieb. “Eles transferirão a jurisdição de exportação para o Departamento de Comércio, o que não impõe restrições prévias ao discurso público. Isso permitirá que a Defense Distributed e a SAF publiquem informações sobre a tecnologia 3D.”
Os Estados Unidos são conhecidos por suas políticas liberais de uso de armas, mas também são conhecidos pelos massacres, tiroteios em escolas e dezenas de casos de atiradores que obtiveram licença legal para uso de armas para matar dezenas de pessoas. A liberação de armas fabricadas em impressoras 3D alerta a comunidade nos EUA, mas ainda faz a vontade da grande maioria que acredita estar segura com uma arma dentro de casa.
A liberação não permitirá que pessoas comuns baixem arquivos de armas de fogo em suas próprias casas e fabriquem em suas próprias impressoras 3D, mas a regulação para que este tipo de problema não aconteça será difícil, visto que arquivos ilegais e pirateados continuam circulando pela internet até hoje.
FONTE: TUDO CELULAR