Gerdau reduz custos com digitalização

Companhia de aço criou conceito de Usina Digital e levou smartphones para o processo produtivo

Usina Digital da Gerdau
Foto: Divulgação

O que passa pela sua cabeça quando se fala de usina de aço? Máquinas, operários e calor? Que tal incluir celulares, tablets e drones nessa realidade? É uma ideia inovadora que tem dado muito certo na Gerdau. A empresa está apostando na digitalização de seus processos produtivos para aumentar a eficiência e reduzir custos. E já pretende ter um retorno anual de R$ 15 milhões com este novo conceito de Usina Digital.

“Identificamos a oportunidade de inserção no universo tecnológico para otimizar processos e gerar melhores resultados. Desde então, desenvolvemos um projeto que se tornou também um conceito, a Usina Digital”, contou o gestor da Usina Aço Norte, Eli André, garantindo que o empreendimento, situado no Recife, faz parte desse projeto. Nesta semana, a Capital vai receber, inclusive, a primeira loja conceito da Gerdau no Brasil. É um espaço que pretende estreitar o relacionamento com o consumidor final por meio da imersão digital no mundo do aço, através de painéis interativos e vídeos, e vai ficar na Imbiribeira. “A Gerdau está vivendo a era da transformação digital e, para isso, está realizando inúmeras iniciativas com o objetivo de se tornar referência em inovação na indústria do aço”, explicou André.

Já são várias as inovações criadas dentro desse conceito, que desfruta de tecnologias como a Internet das Coisas, o Big Data e o Analytics. Uma delas é o uso de smartophones na classificação da sucata que é reciclada para virar aço na Gerdau. A técnica dispensa o deslocamento do pátio à sala de controle e faz com o que o funcionário economize até quatro horas do seu dia de trabalho nesta atividade. O colaborador ainda pode colocar um drone para sobrevoar o estoque caso precise inventariar a sucata existente na empresa. Com isso, ao invés de três dias, leva apenas sete minutos para realizar esta atividade.

Outro serviço que ganhou celeridade com a tecnologia foi a carga e a descarga de material. É que, agora, os caminhoneiros podem agendar o horário da descarga em um aplicativo. Eles ainda acompanham a fila de espera e avisam que chegaram à Gerdau pelo celular. Internamente, a empresa aderiu aos tablets para fazer um “checklist virtual” que identifica se o motorista está com os equipamentos de proteção individual necessários ao trabalho. Por isso, ao invés de uma viagem, os caminhonheiros agora podem ir até três vezes por dia à Gerdau.

“O projeto trouxe inovação para o dia a dia das operações, agilidade na entrega das demandas, ganhos importantes em produtividade, redução de custos e melhoria no atendimento aos nossos clientes”, concluiu André, contando que, além do retorno anual de R$ 15 milhões, a Gerdau deve reduzir pela metade os custos com armazenamento de informações – cerca de R$ 4,5 milhões.

FONTE: Folhape