Gana inaugura maior rede de drones médicos do mundo

Fabricante irá disponibilizar 120 equipamentos que distribuirá vacinas, sangue e remédios a mais de 2 mil centros de saúde em todo o país

Drones médicos irá fornecer remédios e vacinas a mais de 12 milhões de pessoas

Gana inaugurou  a maior rede de “drones médicos” do mundo, com a qual espera fornecer remédios e vacinas a mais de 12 milhões de pessoas em áreas remotas ou inacessíveis do país.

“Ninguém deveria morrer em Gana por não ter acesso ao medicamento necessário em uma emergência”, declarou o presidente desta pequena nação da África Ocidental, Nana Akufo-Addo, ao anunciar este serviço na cidade oriental de Omenako, que abriga um dos quatro centros existentes de distribuição de aviões não tripulados.

Com a ajuda de 120 drones disponíveis, a empresa Zipline – com sede em San Francisco (EUA) e fabricante destas aeronaves – distribuirá vacinas, sangue e remédios a mais de 2 mil centros de saúde em todo o país graças ao apoio do Ministério da Saúde de Gana e da associação Gavi, a Aliança de Vacinas.

 Trata-se de chegar às comunidades isoladas “geograficamente por distância, mas também isoladas porque vivem em regiões montanhosas, em áreas de florestas densas ou que na temporada de chuvas são inacessíveis”, explicou o diretor-geral de Gavi, Seth Berkley, em comunicado.

“As vantagens de um avião não tripulado são, certamente, que pode elevar a carga sobre estes obstáculos e ser capaz de fazer a entrega, mas também tem a vantagem de chegar a tempo”, acrescentou Berkley, ao mencionar como exemplo a possibilidade de reabastecer um centro de vacinação que fique sem dose.

Trata-se da segunda rede deste tipo na África impulsionada pela companhia americana Zipline, depois que em outubro de 2016 foi criada uma primeira rede de aviões não tripulados em Ruanda a fim de facilitar a distribuição de sangue no país.

Desde então, a Zipline realizou mais de 13 mil entregas, cerca de um terço delas em emergências nas quais a vida dos pacientes corria perigo, segundo a empresa.

Atualmente, a companhia fornece mais de 65% dos envios de sangue fora de Kigali, capital de Ruanda, a maior parte a clínicas rurais.

FONTE: R7