Fungos: a chave para a nossa sobrevivência?

 

O micologista David Andrew Quist explora como a biointeligência inata dos fungos, a propensão para a colaboração e as incríveis habilidades de regeneração podem nos mostrar novas maneiras de pensar sobre problemas complexos – e podem conter o segredo da sobrevivência da humanidade na Terra.

Na sua opinião, se pudermos aprender com os fungos, poderemos mudar a nós mesmos e nossas sociedades de maneira mais sintonizada com a natureza. Trocar 20% da carne bovina por proteína microbiana poderia reduzir o desmatamento pela metade, por exemplo. “Estar no planeta por tanto tempo deu aos fungos uma capacidade realmente grande de serem bons em eficiência de recursos”, diz ele, ressaltando que pesquisadores no Japão conduziram um experimento “muito legal” para ver se os fungos podem ajudar os engenheiros a criar redes de transporte mais eficientes. E, apesar da falta de cérebro, estratégia e qualquer tipo de supervisão ou instrução, os fungos produziram uma rede altamente otimizada.

Seu trabalho, à frente da NoMy? Descobrir as implicações práticas dos fungos na forma como produzimos materiais mais sustentáveis. “Podemos cultivar coisas como painéis à prova de som ou isolamento para edifícios, ou podemos fazer frisbees de cogumelos com possibilidades quase infinitas, e tecidos de fungos, por exemplo”, diz. “ Esses novos materiais usam resíduos agrícolas para substituir produtos não sustentáveis, como isopor ou lã de rocha, que frequentemente acabam em aterros sanitários ou causam poluição”. Vale ouvir!

FONTE: https://theshift.info/