FUNCIONÁRIOS DA FORD TESTAM EXOESQUELETO EM LINHA DE PRODUÇÃO

EXOESQUELETO FORD (FOTO: DIVULGAÇÃO)

 

Um trabalhador da linha de montagem da Ford norte-americana pode executar movimentos repetitivos com braços e mãos 4.600 vezes ao dia, ou 1 milhão de vezes ao ano. Não é preciso dizer o quão prejudicial isso pode ser para um ser humano, ao longo da vida. De 2005 para cá, segundo a Ford, os incidentes responsáveis por afastar funcionários das instalações da fabricante norte-americana caíram 83%. Ainda assim, a montadora quer minimizar ainda mais essas ocorrências, utilizando a robótica como aliada de seus empregados.

A avançado dispositivo se assemelha à uma vestimenta robótica, batizada de “EksoVest”, e que a montadora vem testando para reduzir o desgaste físico dos trabalhadores durante a jornada de trabalho. O equipamento foi desenvolvido pela californiana Ekso Bionics, um desenvolvedor líder de soluções de exoesqueleto, que fechou parceria com a Ford para testar alguns exemplares da EksoVest em duas plantas da fabricante, nos EUA. Há planos para estender essa aplicação em outras regiões como Europa e América do Sul.

Tecnicamente, a EksoVest é uma tecnologia portátil que aumenta e suporta os braços de um trabalhador enquanto ele executa suas tarefas rotineiras e repetitivas. Depois de montada no empregado, a engenhoca exerce uma assistência de elevação ajustável no indivíduo que pode ser regulada de dois a sete quilos de empuxo, em cada braço. Segundo a Ford, o aparato é confortável, leve e como não tem grande volume, permite que os trabalhadores se movimentem livremente.

Exoesqueleto Ford (Foto: divulgação)

O colete biônico foi produzido para ser utilizado em ambientes como fábricas, construções e centros de distribuição. Sua principal função é oferecer proteção e suporte contra a fadiga e lesões, reduzindo o estresse e a tensão das atividades repetitivas e de alta frequência, que ao longo do tempo podem prejudicar o corpo humano. Qualquer semelhança com a armadura de Tony Clark, em Homem de Ferro, é pura coincidência.

A roupa biônica já foi aplicada nas linhas de produção de modelos como os novos Mustang, F-150, Expedition e do Lincoln Navigator. Mas, ainda não há registros de diminuição no afastamento de funcionários, por conta da nova tecnologia. O dado positivo, por enquanto, é o fato de o aparato ter ajudado na correção de postura dos trabalhadores, especialmente aqueles que trabalham debaixo dos carros e com os braços elevados. O resultado disso foi uma diminuição de 90% nos episódios de postura e ergonomia incorretos durante a jornada comercial.

ASSISTA O VÍDEO AQUI:

https://www.youtube.com/watch?v=RE31Xew9SLk

FONTE: AUTO ESPORTE