Franquia lança aplicativo que substitui maquininha de pagamentos para microempreendedores

Objetivo da fintech Ceopag é movimentar R$ 50 milhões no primeiro ano. Cerca de 200 lojistas já usam a ferramenta

A popularização das maquininhas de pagamento ajudou muitos pequenos e médios empresários a expandirem as formas de recebimento em seus negócios. No entanto, microempreendedores ainda não tinham tantas opções que coubessem no bolso. Com foco nesse público, Kawel Lotti, fundador da Ceopag, rede de franquias de soluções de pagamento, investiu R$ 5 milhões para desenvolver um aplicativo.

A ferramenta está sendo testada nesse mês de dezembro, com 200 lojistas, e a ideia será lançada para todo o mercado em janeiro. O empreendedor adianta que a tecnologia terá informações criptografadas e até reconhecimento facial, por meio de inteligência artificial. A marca assegura que o aplicativo utiliza os mais seguros protolos de segurança.

 A ideia é oferecer para microempreendedores com faturamento entre R$ 1 mil e R$ 100 mil por mês e ele vê potencial para movimentar R$ 50 milhões por ano só com essa solução. “É muito comum nosso franqueado visitar um empreendedor e ele não conseguir vender a máquina tradicional. Hoje oferecemos em comodato, e pedimos um faturamento mínimo mensal de R$ 5 mil. Quando ele não tem essa renda, teoricamente não tem uma solução que o atenda”, afirma.

Para atrair esse público, o download do aplicativo será gratuito e a rentabilidade da franquia virá da taxa de administração cobrada pelo uso de cartões de crédito e débito. Para enfrentar a concorrência do setor, Lotti diz que a Ceopag vai oferecer pagamento de vendas à vista e parceladas na conta do empreendedor. A marca também terá cartão e conta digital, sem cobrança de taxa de administração.

De acordo com ele, os usuários já fazem o cadastro dentro das normas da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), que entra em vigor a partir de agosto de 2020 no Brasil.

Experiência com pagamentos
Lotti já tinha experiência no mercado de pagamentos. Ele também fundou a Acqio, que é uma das maiores franqueadoras do nicho no país, e saiu em outubro de 2017. Em maio do ano seguinte, ele criou a Ceofood, franquia de delivery para pequenos empreendedores, em cidades de pequeno porte e bairros mais afastados, e já tem 390 franqueados.

Em outubro deste ano, ele lançou a Ceopag, que trabalha com maquininhas de pagamento e tem cerca de 370 franqueados, boa parte vinda da própria Ceofood. “Trouxemos os próprios franqueados da Ceofood para este setor, mas não é uma imposição. Temos alguns que estão só na Ceopag, por questão de perfil”, explica.

A fintech, criada em São José do Rio Preto, interior de São Paulo, vai usar a novidade para atrair, principalmente, os desbancarizados, cerca de 20 milhões de adultos que não têm contas bancárias, segundo um levantamento feito entre 2015 e 2017 pelo Banco Central e divulgado este ano.

FONTE: PEGN