Ford cria traje para simular efeitos da ressaca em motoristas

Pesquisa encomendada pela montadora mostrou que dirigir na manhã seguinte da bebedeira pode ser quase tão perigoso quanto conduzir bêbado

PESQUISA ENCOMENDADA PELA FORD CRIOU O TRAJE DA RESSACA, QUE SIMULA OS SINTOMAS APÓS UMA NOITE DE BEBEDEIRA (FOTO: DIVULGAÇÃO)

Dor de cabeça, aversão à luz, cansaço, boca seca, corpo doendo… Os sintomas da ressaca não são nada agradáveis. Recentemente, uma pesquisa encomendada pela Ford mostrou que dirigir na manhã seguinte da bebedeira pode ser quase tão perigoso quanto conduzir bêbado. Isso acontece porque os sintomas da ressaca diminuem a atenção dos condutores, além de aumentarem o tempo de reação.

Os pesquisadores do estudo criaram um traje que simula os sintomas mais frequentes da ressaca. Para emular a hipersensibilidade à luz, há um óculos que bloqueia as luzes quentes e que projeta luzes frias diretamente no olho. Fones de ouvido aumentam o volume dos sons do ambiente e reproduzem o som de sangue pulsando, para simular o que se ouviria ao ter uma enxaqueca. Para replicar cansaço, dor no corpo e falta de equilíbrio, o traje tem um colete, chapéu e tornozeleiras com pesos.

Segundo Gundolf Meyer-Hentschel, CEO do Instituto Meyer Hentschel, que criou o traje, o risco é que as pessoas não percebem que têm a capacidade de dirigir alterada quando estão com ressaca. “Você acorda e pensa que a noite passada acabou e que você pode dirigir, mas isso não é verdade. Mesmo sem álcool no sangue, é muito perigoso. Muitas pesquisas científicas mostram que sua habilidade para dirigir é diminuída quase tanto quanto se houvesse álcool no sangue”, diz.

“Não há como saber exatamente quanto tempo uma pessoa leva para ficar completamente sóbria na manhã seguinte, mas é mais do que muitos imaginam”, afirma, em nota, Charli Brunning, da Brake, instituição de segurança rodoviária do Reino Unido.

Veja o vídeo:

https://www.youtube.com/watch?v=Am4iNWrLT8c

INFOGRÁFICO EXPLICA QUAIS AS CARACTERÍSTICAS DO TRAJE QUE SIMULA OS SINTOMAS DA RESSACA (FOTO: DIVULGAÇÃO)

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS