Fintechs usam inteligência artificial para aumentar a oferta de crédito

A inteligência artificial (IA) cria dispositivos que simulam a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões e resolver problemas

Uma avaliação de crédito baseada em informações confiáveis captadas com agilidade e precisão pela inteligência artificial. É assim, com objetividade e agilidade proporcionadas pela automatização dos processos, que as fintechs analisam a viabilidade da concessão de crédito a pessoas físicas e jurídicas.

A inteligência artificial (IA) cria dispositivos que simulam a capacidade humana de raciocinar, tomar decisões e resolver problemas. Só que com duas diferenças: quase não comete erros e realiza as ações programadas com velocidade muito superior.

As fintechs objetivam incluir no mercado de crédito pessoas físicas e jurídicas que não conseguem comprovar renda ou oferecer garantia 

O machine learning, uma prática da IA, usa algoritmos para possibilitar a coleta dos dados e sua posterior interpretação. Depois de considerar as informações, a máquina chega a uma conclusão ou faz uma predição sobre o assunto. Caso esse assunto seja análise de crédito, ela escolhe entre conceder ou não conceder. Graças ao uso intensivo de tecnologia, as fintechs conseguem fazer uma análise diferente da usada pelas instituições financeiras tradicionais.

“As fintechs objetivam incluir no mercado de crédito pessoas físicas e jurídicas que não conseguem comprovar renda ou oferecer garantia. Fazem parte desse público, por exemplo, profissionais autônomos e pequenos comerciantes, além de assalariados, que, apesar de terem comprovante de renda, enfrentam outras limitações, como poucas movimentações bancárias, o que, na visão das instituições financeiras tradicionais, pode dificultar a avaliação do risco”, afirma Rafael Pereira, presidente da ABCD (Associação Brasileira de Crédito Digital).

A proposta das fintechs é construir inteligência sobre novas variáveis de análise de crédito, além das tradicionais, como o score fornecido pelos birôs. No grupo de novas variáveis, que se encontra em franco desenvolvimento, estão a geolocalização, que comprova o endereço informado pelo cliente, o comportamento do consumidor no varejo online e até mesmo suas informações nas redes sociais.

Um dos critérios para a pessoa jurídica diz respeito à sua assiduidade nas redes sociais. A correlação é grande entre sucesso nas redes sociais e fora dela em um mundo cada vez mais digital. O uso dessas informações não tradicionais é autorizado pelo cliente e está de acordo com a legislação de proteção de dados.

“Em um país que precisa expandir o crédito, a inteligência artificial pode contribuir muito para que a análise de risco fique mais justa, inteligente e adequada aos tempos modernos. As fintechs de crédito já estão atuando nesse sentido”, finaliza Pereira.

FONTE: iNFOR CHANEL