Companhias de pequeno porte poderão utilizar os serviços de um fornecedora de segurança digital, evitando custos com estrutura própria
Previsto para iniciar suas operações a partir de novembro, o sistema de pagamentos instantâneos (SPI) promete maior agilidades nas transações, que poderão ser concluídas durante as 24 horas do dia (incluindo finais de semana e feriados) e não apenas durante o horário bancário.
Aliado ao open banking, que também verá suas primeiras implementações até o final do ano, cenário se mostra favorável para fintechs que desejam aproveitar a oportunidade para aumentar sua base de clientes.
E, no tocante aos pagamentos instantâneos, companhias de pequeno e médio porte poderão realizar parcerias com empresas de segurança para utilizar uma solução já criada, ao invés de construir toda uma estrutura própria. A título de comparação, os grandes bancos devem gastar cerca de R$ 10 milhões para o desenvolvimento de uma estrutura própria.
A informação foi dada por Marco Zanini, CEO da Dinamo Networks, empresa que venceu a licitação do Banco Central para montar toda a estrutura de segurança do SPI. Após a conclusão desse trabalho, a empresa poderá oferecer o serviço para bancos e fintechs.
De acordo com o executivo, as empresas precisam levar em conta dois requisitos no momento de escolher a empresa que gerenciará a segurança das transações. O primeiro trata-se da autenticação do banco que inicia a ação de transferência: como os pagamentos serão realizados na hora, para que não existam problemas como a falta de comprovação de que o banco enviou de fato o valor.
O segundo requisito diz respeito à criptografia, sistema utilizado para “embaralhar” informações e impedir que o conteúdo da transação seja acesso por terceiros. Fora do sistema bancário, esse sistema é bastante adotado por empresas como WhatsApp, Apple e Telegram para garantir aos usuários que suas informações estão seguras, do ponto de vista da privacidade de dados.