Fintechs oferecem suporte para microempreendedores

Em épocas de baixo crescimento, de retomada lenta das atividades econômicas, o crédito costuma ser mais escasso. Ainda mais para os pequenos empresários, que não podem oferecer muitas garantias de pagamentos, o que reflete em juros maiores. Porém, em meio a muitas portas fechadas, os microempreendedores vêm encontrando refúgio nas fintechs.

As vantagens oferecidas pelas startups são muitas. A começar, claro, pelas taxas mais convidativas. Há ainda a desburocratização do empréstimo, que agilizaria a rotina de quem precisa de recursos rápidos para fechar as contas do mês. A questão dos juros e do acesso facilitado ao crédito podem viabilizar, inclusive, a sobrevivência de muitos negócios.

Todo esse cenário foi discutido no Fórum Brasileiro de Microempreendedorismo, organizado nesse mês, em São Paulo, pela Aliança Empreendedora. “Se eles conseguissem preços melhores sempre, poderiam usar o crédito para investir em outras coisas”, diz Maurício Prado, diretor da consultoria Plano CDE, para o portal PEGN.

Prado explicou por que o acesso aos bancos tem sido tão difícil para os pequenos. “Geralmente os bancos consideram fatores superficiais, como onde a pessoa mora, e não como ela se comporta”. Ao não avaliar o perfil comportamental, segundo o executivo, os bancos deixam de ser precisos na avaliação e, assim, negam financiamento a muitos com capacidade de honrar os compromissos.

Empréstimo solidário

Entre os cases apresentados no fórum, o da fintech Firgun exemplificou o que seria o empréstimo solidário. A startup é uma plataforma que funciona em um esquema similar ao crowdfunding. Os empreendedores cadastram os seus projetos para que investidores escolham onde se associar.

As análises de riscos da Firgum são diferentes das aplicadas pelos grandes bancos. Elas buscam o lado comportamental, já alertado por Prado. “Já emprestamos dinheiro para pessoas negativadas, inclusive. E elas conseguiram pagar em dia”, explicou Lemuel Simis, um dos sócios.

FONTE: EXAME