Fintechs: o desafio além da tecnologia

Pesquisa revela que 20% dos brasileiros entrevistados já possuem sua principal conta financeira em um banco digital. Qual o próximo passo?

Contas digitais, pagamentos com reconhecimento facial, APIs, consultoria financeira, empréstimos e tantos outros produtos e serviços. As fintechs, que possuem as mais diversas tecnologias e aplicações, chegaram para desburocratizar operações bancárias e promover o desenvolvimento tecnológico do setor financeiro.

São mais de 600 fintechs mapeadas no País, o que nos garante o 1º lugar na América Latina com maior número de startups desse segmento. E não é apenas em quantidade que elas possuem tamanha representatividade. As fintechs têm movimentado o setor financeiro brasileiro, principalmente o bancário. Uma pesquisa feita pela Toluna Insights apontou que 20% dos brasileiros entrevistados já possuem sua principal conta financeira em um banco digital. E ainda que não seja o caso, 43% deles prefere interagir com suas instituições financeiras predominantemente por meio de aplicativos.

Toda essa movimentação no setor é apenas um exemplo da disrupção provocada pelas fintechs, e é por isso que elas não param de crescer, seja em receita, em área de atuação e até em número de colaboradores. Segundo dados divulgados pela Associação Brasileira de fintechs, 48% delas dobraram de tamanho em 2019.

Sendo assim, para suportar todo esse crescimento, as fintechs também estão movimentando o mercado de contratações.

Em um país com quase 13 milhões de desempregados, vivemos um momento de escassez de mão de obra especializada em tecnologia. O descolamento do setor de TI em relação à realidade do país dá-se principalmente pelo aumento no número de empresas cujo o business core é a tecnologia, bem como pelo movimento de transformação digital que diversas outras empresas, em diversos segmentos, foram impulsionadas a começar.

O Linkedin fez um levantamento das 15 profissões em alta este ano, 13 delas estão relacionadas à TI. Engenheiro de Cibersegurança e Cientista de Dados são duas delas, e são procuradas pelo segmento financeiro e bancário, principalmente por fintechs e bancos digitais.

Mas como sustentar o crescimento sem pessoas?

Cada produto ou serviço oferecido pelas fintechs, assim como em qualquer startup, é feito por pessoas. Elas, no entanto, precisam de capacitação técnica específica.

Considerando a estimativa da Brasscom, Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação, de que anualmente serão 70 mil vagas abertas de TI e somente 45 mil estudantes graduando na área, é evidente dizer que essa conta não vai fechar facilmente.

Uma alternativa bastante viável para as fintechs, assim como para todas as empresas de tecnologia principalmente, é a terceirização de desenvolvimento de software. Ainda são várias que oferecem resistência à ideia. Em contrapartida, muitas já entenderam que contar com um parceiro para desenvolvimento pode ser a melhor alternativa para manter seu crescimento em ritmo acelerado. O parceiro certo precisa ser sério, transparente e com certificações importantes, como CMMI-DEV e ISO 27.001, por exemplo. Dessa forma, ele conseguirá entregar de forma eficiente e segura todas as demandas dessas empresas e com um diferencial importante: sem que a gestão e contratação de pessoas seja uma preocupação delas.

Atrair e manter mão de obra qualificada, além de todas as questões tecnológicas, é o desafio diário. Inovar e reinventar um dos setores mais importantes do país, contando com a ajuda de parceiros estratégicos, faz o desafio valer a pena. As fintechs não estão sozinhas!

FONTE: IT FORUM