Fintech” entra no mercado de previdência

A reforma da previdência saiu temporariamente da pauta do governo, mas o mercado continua em ebulição com o lançamento de produtos que oferecem alternativas no segmento privado.

Um dos alvos é o público entre 20 e 45 anos. Para atender esse setor estão surgindo empresas que misturam o trabalho de financeiras e seguradoras com o de tecnologia (as “fintechs”). Essas companhias utilizam inovações tecnológicas e facilitam o acesso rápido ao mercado via plataforma digital (sem a necessidade de ir até o banco).

A primeira a surgir na área de previdência foi a Ciclic. Fruto de “joint venture” formada pela BB Seguridade e pelo Principal Financial Group, a startup nasceu da ideias de simplificar os processos de aquisição e gestão de planos previdenciários e de criação de poupanças com objetivos de curto, médio ou longo prazos (compra de automóveis, casa própria, viagens).

Em entrevista à coluna, o CEO da Ciclic, Raphael Swierczynski, explica que a empresa é uma corretora de seguros. Portanto, segue a regulação da Susep (Superintendência de Seguros Privados) e possui fundos administrados pela BB DTVM.

“A plataforma ajuda na disciplina de cuidar do dinheiro fazendo ele render”, acrescenta. A startup começou a operar há dois meses e trabalha com um primeiro modelo que ainda deve evoluir.

TECNOLOGIA 1

MERCADO FINANCEIRO DIGITAL

As “fintechs” são consideradas por alguns uma “ameaça” ao sistema financeiro tradicional, mas no caso da Ciclic, o produto representa uma adaptação ao novo mercado. Ou seja, a expectativa é de que aconteça algo semelhante ao que ocorreu no mercado de transporte com a entrada do Uber. Neste caso, grandes instituições já se antecipam, apresentando alternativas ao modelo convencional.

TECNOLOGIA 2

EXPANSÃO DA PREVIDÊNCIA

Se de um lado houve a ampliação dos saques da previdência pública, em função dos temores de prejuízos alimentados pela reforma, de outro ocorreu o crescimento da adesão ao segmento privado.

Pelos estudos da FenaPrevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), nos últimos quatro anos, 1 milhão de novos usuários aderiram a planos de previdência VGB-L (foram 13,7 milhões até agosto). Quanto ao volume de captação líquida desses fundos, o aumento se aproximou de 10% em agosto de 2017, comparado a 2016. O montante alcançou R$ 34,2 bilhões.

TECNOLOGIA 3

MUDANÇA NO SEGMENTO DIGITAL

Raphael Swierczynski destaca que o nome Ciclic representa um neologismo a palavra “cíclico” e pretende imprimir a ideia de movimento, evolução uma característica do segmento digital, que agora entra agora no austero mercado da previdência. Portanto, a tendência é de mais novidades.

ESTADOS

DÉFICIT DE R$ 45 BI

O economista Raul Veloso fez uma análise dos resultados fiscais estaduais acumulados entre 2015-2017, em relação aos ocorridos entre 2011-2014. Os números realmente surpreendem: o que era um superávit total de R$ 11 bilhões, transformou-se em um déficit de R$ 46 bilhões.

O Ceará escapou da lista dos estados em situação fiscal de penúria e está entre os dez em melhor situação. Eis o ranking de quem conseguiu um resultado positivo em 2017: Alagoas (14,7%); Espírito Santo (12%); Rondônia (10,7%); Maranhão (8,2%); Mato Grosso do Sul (4,4%); Ceará (4,3%); Piauí (3,3%); Paraná (2%); Amapá (1,7%); e São Paulo (0,4%).

IBEF MULHER

EXEMPLOS FEMININOS

Renata Paulo Santiago, coordenadora do Ibef Mulher, continua destacando os exemplos femininos no mundo corporativo. Hoje, durante evento da entidade no BS Tower, às 19 horas, haverá apresentação das executivas Marília Fiuza e Adriana Bezerra.

FÓRUM

INSTITUTOS FECOMÉRCIO NO CE

O economista-chefe da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Fábio Bentes, estará em Fortaleza participando da 10° edição do Fórum Nacional de Dirigentes dos Institutos Fecomércio, que acontece nos dias 8 e 9 deste mês, na Fecomércio-CE.

Na visão de Bentes, o comércio terá um papel fundamental no atual processo de retomada do crescimento econômico. “Durante a crise o volume de vendas do setor recuou 20% e, em 2017, houve alta de 4%. Para este ano, estamos projetando alta de 5%”, acrescenta.

É melhor acender uma vela do que praguejar contra a escuridão”

 

FONTE: O POVO