Fintech autorizada pelo Banco Central faz seus primeiros empréstimos como SCD

QI Tech – pioneira na conquista da autorização do Bacen para atuar como Sociedade de Crédito Direto – estreia operações que somam mais de R$ 3 milhões nesse novo modelo de instituição financeira. 
(atualizado) – A QI Tech, pioneira no País a conquistar o selo de Sociedade de Crédito Direto (SCD) do Banco Central, acaba anunciar suas primeiras operações realizadas neste novo modelo. Nos últimos dias, a fintech concedeu dois empréstimos a empresas de São Paulo, que juntos somam mais de R$ 3 milhões, por meio da sua plataforma eletrônica. Com isso, conseguiu emitir, de forma 100% digital, os primeiros títulos de dívida para o mercado de crédito – numa operação antes feita apenas pelos bancos.

Autorizada em dezembro pelo Banco Central a funcionar como uma instituição financeira, a QI Tech quer atuar como um bank as a service, isto é, prestar serviços até então exclusivos dos grandes bancos para atender a todos os players qualificados que trabalham com concessões de empréstimos e desejam mais rapidez e eficiência nesse mercado, entre eles outras fintechs que não dispõem do selo SCD.

Para conceder a autorização de uma startup operar como um banco, o Banco Central faz exigências que nem todos os players conseguem cumprir. Desde a regulamentação há um ano, apenas duas fintechs obtiveram o “selo” de SCD. E apenas uma, a QI Tech, conseguiu iniciar os primeiros empréstimos. Por isso, os sócios da QI enxergam como potencial clientes outras empresas no mercado de crédito (as securitizadoras, gestoras de recursos e startups financeiras de um modo geral), que poderão plugar seus sistemas digitais na plataforma da QI e pagar pelos serviços usados.

“Vamos poupar as fintechs — que já originam dívidas, mas também querem estruturar esse crédito — de precisarem correr atrás da autorização do Banco Central para operar como uma Sociedade de Crédito Direto”, explica a diretora da QI Tech, Beatriz Degani. Segundo ela, o binômio Custo X Benefício valerá a pena para quem optar por contratar uma parte ou um serviço completo de estruturação, com interação digital de back office.

Até o ano passado, as fintechs de crédito dependiam obrigatoriamente dos grandes bancos para conseguir uma análise jurídica, rating, controle de garantias, formalização da emissão, etc. Essas instituições financeiras tradicionais levam semanas para concluir a operação, pois tudo é feito manualmente. Já uma fintech com SCD utiliza uma plataforma digital que realiza todo o processo em questão de horas, como é o caso da QI Tech.

A modalidade de Sociedade de Crédito Direto foi criada pelo Banco Central com o objetivo de regular as fintechs de crédito, por meio da Resolução do Conselho Monetário Nacional (CMN) nº 4.656, em abril de 2018. Pela regulamentação, as SCDs devem atender à maioria das exigências aplicáveis às instituições financeiras tradicionais, incluindo limites mínimos de capital e ferramentas de prevenção à lavagem de dinheiro. “Viemos para ser a mãe das fintechs”, finaliza Beatriz.

FONTE: Fintech QI Tech