A ficção que inspira inovações: o que cineastas sonharam e hoje é realidade

A imaginação antecipa os avanços da ciência, mas cientistas estão mostrando que não há nada que se pense que não seja possível fazer

Carros voadores são uma das ambições tecnológicas dos humanos que mais aparecem em filmes (Foto: Thinkstock)

A imaginação de cineastas e romancistas vai longe quando têm a liberdade de criar novos mundos, baseados ou não na raça humana e seus paradigmas. Meios de comunicação totalmente inusitados, habitações, transportes, intervenções no corpo humano, entre outras projeções futuristas feitas por filmes inspiraram cientistas de todo o mundo e viraram realidade – como diz o lema da GE, se dá para imaginar, dá para fazer.

Um pequeno passo para o homem…
Em 1865, Júlio Verne escreveu um romance fantástico em que três homens chegavam à Lua a bordo de uma  nave chamada Columbiad. E em 1902, o livro Da Terra à Lua inspirava o filme Le Voyage dan la Lune, de Georges Meliès. Em 1969, Buzz Audrin, Neil  Armstrong e Michael Collins chegam ao nosso satélite natural conduzidos pela nave Columbia, na missão Apolo 11.

Homem Biônico
Em 1974, a série de TV “O Homem de Seis Milhões de Dólares” se baseava em um livro de 1972 chamado Cyborg, de Martin Caidin. A personagem principal tinha um braço, uma perna e um olho com implantes biônicos após um acidente, os quais lhe davam poderes superiores aos dos humanos regulares.  Atualmente, o uso de implantes de membros e até mesmo os testes de órgãos sintéticos estão avançados, mas não há registro comprovado de qualquer tipo de capacidade superior com o uso deles.

Uma vida longa e próspera sem picadas de agulha
Na década de 1960, o seriado Star Trek  propunha uma vida cheia de inovações tecnológicas que aconteciam na nave Voyager e em diversos planetas por onde ela passava. Além dos telefones de flip, que se tornaram realidade no final dos anos 1990, os habitantes da nave recebiam medicações por meio de uma seringa que não continha agulhas. O remédio chegava aos doentes por meio de um hipospray. Pois em 2012 o MIT anunciou a invenção de uma seringa que injeta por meio de alta pressão e também não requer o uso de agulhas.

Uma esperança para a Princesa Leia
Em 1977, em uma galáxia muito, muito distante, a Lucas Filmes trouxe para o imaginário da época um recurso que permitia que as pessoas se comunicassem a distância por meio de mensagens inseridas em um pedacinho de metal (seriam eles os avós dos pen drives?), inseridos em um robô e que projetavam imagens holográficas. Hoje em dia, a empresa Leia.com permite que hologramas sejam transmitidos em todo o planeta de forma interativa (mas ainda não chegamos a atravessar galáxias, infelizmente).

Seria obra da S.H.I.E.L.D.?
Antes de virar filme em 2008, as histórias em quadrinho do Homem de Ferro já deixavam, desde 1963, todo mundo animado com a ideia de um homem invencível que lutava contra os inimigos de seu país protegido por uma armadura inteligente. Pois o exército norte-americano está desenvolvendo um traje para os soldados que conta com diversos recursos que deixariam Tony Stark bastante feliz. O TALOS (Tactical Assault Light Operator Suit ou Traje leve de operação de assalto, em tradução livre) é a prova de balas, capaz de monitorar sinais vitais dos combatentes e ainda conta com um recurso chamado “armadura líquida”, uma espécie de metal que enrijece em milissegundos em contato com o ar.

Inspirando o cinema de ficção
Em 1962, 18 anos antes de George Lucas lançar o episódio O Império Contra-Ataca (1980) da saga Star Wars, a GE fazia seus primeiros testes do Walking Truck, um veículo leve que se locomovia por meio de pernas gigantes a base de um sistema hidráulico, em vez de rodas. O veículo foi desenvolvido para o exército dos EUA e serviu de inspiração para futuras utilidades, como para um submarino de alumínio construído pela empresa alguns anos depois. Seu formato baseado em locomoção por pernas e braços longos, sem o uso de rodas, parece ter inspirado os At-At  (All Terrain Armored Transport, ou Transporte Blindado para Todos os Terrenos), arma utilizada pelo império contra os rebeldes na saga intergaláctica.

Chega de congestionamentos (pelo menos no asfalto)
Os carros voadores chegam a ser quase um clichê, de tanto que aparecem em livros e filmes, mas agora estamos muito perto deles se tornarem realidade. A Embraer firmou uma parceria com a Uber para desenvolver “carros voadores”, como estão sendo chamados os pequenos veículos elétricos que decolam e aterrissam verticalmente e fazem deslocamentos urbanos curtos. O plano é que os primeiros voos experimentais ocorram em 2020, com a operação comercial prevista para 2023. Os fãs dOs Jetsons agradecem!

FONTE: ÉPOCA NEGÓCIOS