Faculdade brasileira cria campus inteligente com soluções dos próprios alunos

Graças à tecnologia, a Facens já colocou diversos projetos em prática — desde telhados verdes à solução para controle de pedestres e veículos

Com o avanço das tecnologias, as cidades estão cada vez mais conectadas. Seja na saúde, transporte, meio ambiente ou segurança: todos os setores estão sendo impactados e precisarão se reinventar. Assim, surge o conceito de smart cities, ou seja, espaços urbanos que usam tecnologia para promover o bem-estar dos moradores.

Na educação, os cadernos perdem espaço para os computadores, robôs, impressoras em 3D e outras soluções. Na Faculdade de Engenharia de Sorocaba (Facens), isso já é uma realidade. A instituição decidiu ir além do ensino tradicional e criar um Smart Campus.

“Montamos um protótipo de cidade inteligente e vários centros de inovação para nossos cinco mil alunos. Buscamos solucionar problemas reais”, explicou Regiane Relva Romano, coordenadora do projeto, durante o encontro LIDE Next sobre Cidades Inteligentes. O objetivo é oferecer o espaço como uma área de estudo e criação de produtos e serviços tecnológicos.

Regiane Relva Romano, coordenadora do Smart Campus, no encontro LIDE Next.

No Fab Lab, por exemplo, um laboratório de fabricação desenvolvido pelo MIT, os alunos têm acesso à workshops, impressoras 3D, cortadora a laser, equipamentos de programação e outras ferramentas para colocar em prática seus projetos. Já no LIGA, podem desenvolver jogos, aplicativos e outras soluções com realidade aumentada, virtual e animações em 3D.

Além disso, a faculdade oferece o LIS, um laboratório de inovação social; o FACE, um centro de empreendedorismo; o LINCE, para desenvolvimento de projetos para competições; e um Departamento de Relações Internacionais para programas de intercâmbio.

Na prática

Desde a criação do Smart Campus, diversos projetos já saíram do papel. No final de 2018, a faculdade inaugurou o Smart Mall Facens, um espaço no Pátio Cianê Shopping em Sorocaba com acesso à Wifi, carregadores de smartphones, jogos em realidade virtual desenvolvidos pelos próprios alunos e oficinas realizadas pela equipe do Fab Lab.

Além disso, graças à tecnologia, a faculdade se tornou mais sustentável, com protótipos de telhados verdes, implementação de um sistema de iluminação com luminárias LED e a geração própria de energia — hoje, 16% do que é consumido em todo o Campus é produzido ali mesmo.

Para facilitar o cotidiano, o espaço também conta com uma solução inteligente para o controle de acesso de pedestres e veículos e um sistema de TVs com transmissão online de notícias — tudo criado pelos alunos.  Segundo Regiane, os projetos são colocados em prática com um propósito. “Não é só pela tecnologia, mas pelo problema que vamos resolver. Ou focamos no cidadão e nas necessidades dele ou o que estamos fazendo não adiantará nada”.

FONTE: STARTSE