Facebook apresenta mudanças em IA e realidades virtual e aumentada

No segundo dia de F8, evento do Facebook para desenvolvedores, a empresa focou em inteligência artificial e realidades aumentada e virtual em sua plataforma. Os executivos da empresa falaram sobre avanços nesses setores e o que a empresa deve apresentar no próximo ano.

 Em termos de inteligência artificial, a companhia disse que tem usado mecanismo de machine learning para identificar ações que fogem das políticas de conteúdo do Facebook. A companhia já tinha informado que estava buscando formas de reprimir postagens tóxicas de forma proativa e não apenas pelo feedback dos usuários. Uma das novidades nesse setor foi melhorias em processamento de linguagem, usado pela empresa para também identificar posts nocivos em línguas além do inglês.

Outra inovação foi a chamada Panoptic FPN, uma técnica de reconhecimento de imagens em que a inteligência artificial utiliza o contexto das imagens para ter uma melhor identificação do que está nela. Por exemplo, em uma foto com vários objetos, a rede social identifica que há uma construção histórica para reconhecer que é um grupo tirando uma foto no primeiro plano.

Outro ponto levantado pelo Facebook é o perigo do enviesamento de uma rede de inteligência artificial. “Quando os modelos de inteligência artificial são treinados por humanos em conjuntos de dados envolvendo pessoas, existe um risco representacional inerente. Se os conjuntos de dados contém limitações, falhas ou outros problemas, os modelos resultantes poderão ter um desempenho diferente para pessoas diferentes”, explica a empresa em comunicado.

Para evitar esse problema, o Facebook disse que tem trabalhado com bancos de dados mais inclusivos, formado por pesquisadores e programadores preocupados com a questão. Para a imagem, os problemas principais são reconhecimento de tom de pele, além de representações de idade e gênero.

Avatares

A empresa também falou sobre o projeto Codec Avatars, que cria versões virtuais dos usuários interagindo com outras pessoas em um mesmo local. A ideia é que esse avatar tenha capacidade de representar sentimentos, feições e movimentos do rosto semelhantes ao das pessoas que está usando um headset de realidade virtual ou aumentada.

O Facebook também se mostrou preocupado com utilização e má conduta nessa nova plataforma, informando que já há um sistema de políticas exclusivas para que usuários possam participar do Codec Avatars. “Quando lançamos nossos próprios aplicativos sociais de realidade virtual, incluindo Spaces, Venues e Rooms, incorporamos segurança ao design central da experiência. Um vídeo com orientações apresenta às pessoas alguns dos recursos projetados para que se sintam mais à vontade interagindo com um grande grupo de pessoas enquanto estiverem em realidade virtual”, informa a empresa.

Projeto cria avatar fiel do usuários (Foto: Dilvulgação/Facebook)

Um dos sistemas é uma bolha virtual de segurança que há entre os avatares. O Facebook explica que, dentro da plataforma, se uma pessoa chegar muito perto do seu avatar, ambos ficam invisíveis para o outro, evitando que haja interações desrespeitosas.

 Além dessas novidades, a empresa também informou, no primeiro dia de evento, mudanças profundas no Facebook Instagram.

Fonte: Facebook