Exclusivo: Zro Bank quer atrair gamers com cashback em Bitcoin

Fintech também planeja permitir transações com as moedas dos jogos dentro do banco digital.

Por Tainá Freitas

O mercado de games movimenta bilhões todos os anos. Mesmo assim, muita gente ainda não se deu conta de todo o potencial desse público. Não é o caso da fintech Zro Bank. O banco digital quer se tornar a principal instituição financeira de quem deseja virar gamer profissional e anunciou que vai oferecer cashback para compras de moedas em jogos como Free Fire, PUBG, Mobile Legends, Ragnarok e Minecraft.

“Por que acreditamos nisso? Nenhuma solução de banking hoje é aderente a este público. Há bancos patrocinando eventos e se aproximando, mas ninguém adaptou seus produtos para ser, de fato, a mais premiável a essa audiência”, explica Cazou Vilela, chefe de marketing da Zro Bank, em entrevista à StartSe.

O mercado de e-sports – como são chamados os jogos eletrônicos – foi avaliado em US$ 1,08 bilhão neste ano. De acordo com o Statista, a expectativa é que em 2024, o valor deste segmento seja de US$ 1,62 bilhões. Fica fácil entender o foco da Zro Bank, junto às criptomoedas.

Cartão de crédito Zro Bank (foto: reprodução)

QUAIS SÃO OS PRODUTO EXCLUSIVOS PARA GAMERS?

A Zro Bank irá focar em duas verticais: cashback e transações das moedas virtuais. O cashback é o primeiro produto disponível, ainda em fase de testes. Os clientes da fintech poderão comprar as moedas de seus jogos preferidos no e-commerce Smile One e ganhar 1% de cashback da compra em Bitcoin. O valor normalmente oferecido nas transações com o cartão é de 0,5%.

A segunda possibilidade de cashback é na compra de cursos para se tornar um gamer profissional no centro de treinamento Neverest. Neste caso, os clientes da Zro Bank recebem 50% do valor de volta em Bitcoin. A companhia oferece aulas de Counter Strike: Global Offensive, Free Fire e Valorant.

“Há um público jovem que sonha em se profissionalizar e estão quase lá. Eles jogam 5h, 6h por dia, mas não sabem como entrar nesse universo. Na Neverest, podem participar de uma liga de partidas ranqueadas e os melhores classificados são contratados por três meses pelo time profissional da escola”, explica Vilela. O contrato pode ser renovado caso o atleta continue se destacando após esse período.

COMERCIALIZANDO AS MOEDAS DOS JOGOS

Os jogos online são marcados por competições online e presenciais entre equipes, que angariam diversos patrocinadores e movimentam milhões de dólares (Foto: Florian Olivo/Unsplash)

Free Fire, jogo para smartphones da desenvolvedora Garena, gerou aproximadamente US$ 100 milhões em receita no primeiro trimestre deste ano, de acordo com o Sensor Tower. O jogo possui o “ouro” como moeda gratuita e “diamante” como as moedas premium pagas pelos usuários.

A receita do Free Fire é apenas um exemplo do que acontece no plano de fundo desse ecossistema lucrativo. Agora, a Zro Bank deseja trazer a comercialização dessas e outras moedas para dentro do banco digital. Assim como os bancos convencionais, a fintech lucra com as transações realizadas.

A expectativa é que a novidade seja incorporada aos serviços até o segundo semestre deste ano. Cazou responde sobre a questão regulamentária: “Irá funcionar semelhante ao Bitcoin, que é um ativo digital. Para os órgãos reguladores, é permitido comprar e vender ativos digitais”, afirma. A diferença agora é que as moedas são de universos fictícios.

As transações das moedas ainda não possuem uma data específica para lançamento pois a Zro Bank está em fase de negociação com as desenvolvedoras dos jogos.

UM BANCO, TRÊS VERTICAIS

O lançamento de produtos exclusivos para o público gamer acontece após o foco nos investidores de criptomoedas. O cashback em Bitcoin foi uma das iniciativas que atraiu essa fatia do mercado para o banco.

A expectativa é de atrair um público tão grande quanto o que já atingimos com o Bitcoin, dobrando nossa base de clientes”, estima o chefe de marketing. Atualmente, a fintech conta com 200 mil downloads de seu aplicativo. Ele comenta ainda que não há barreiras para divulgação de serviços de gamers, ao contrário das criptomoedas, que são barradas no Google e Facebook  devido a grande quantidade de fraudes existentes nesse segmento.

Para o futuro, em um mundo de pandemia controlada, a Zro Bank planeja oferecer serviços pensados para viajantes. O objetivo é de disponibilizar transações com “stable coins”, moedas virtuais lastreadas em Dólar, Euro e ouro.

FONTE: https://app.startse.com/artigos/zro-bank-gamers-cashback-bitcoin?utm_source=facebook&utm_medium=link&utm_campaign=artigo&utm_term=11052021&fbclid=IwAR04ZNWBST5cfzRmUglr-D7wqj_3RZDEsy5hGQuxGncZESG0RfpOTbcR9Wo