Estudantes de 9 a 10 anos de Curitiba criam Sony, o robô contador de histórias

Estudantes de 9 e 10 anos da Escola Municipal Marumbi, no Uberaba, criaram um robô contador de histórias, um dispositivo de aproximadamente 80 centímetros, que narra clássicos literários e produção de estudantes. O robô foi criado para ajudar a melhorar o trabalho de escrita e oralidade da turma.

A ideia nasceu durante uma oficina de robótica no Farol do Saber e Inovação Herbert José de Souza, anexo à escola. Para criar o robô, batizado como Sony, o grupo de 13 estudantes pesquisou mecanismos e tecnologias apropriadas para que ele pudesse andar, falar e interagir com crianças.

“Ele foi feito por muitas mãos, em vários momentos, e reuniu ideias que exigiram pesquisa, concentração e paciência”, conta o estudante Gabriel dos Santos Balbino, 10 anos.

A primeira versão do robô foi construída em papelão, mas a fragilidade do material exigiu uma nova estrutura. Os estudantes pesquisaram custos e eficiência e optaram por outro modelo, usando madeira em MDF. Na cabeça, instalaram um mecanismo composto por fitas de leds, para formar a boca, e placas de microbit para os olhos. Nos pés, um mecanismo elaborado usando peças lego permitem que o robô se locomova.

Criar a voz do robô também exigiu destreza e criatividade. Usaram uma caixa de som com bluetooth que reproduz as histórias que são gravadas pelos estudantes e mixadas para dar voz ao robô.

Nicholas Silva, 10 anos, foi o responsável pela programação e ajuste de voz do robô. “Eu busquei um software para mudar a nossa voz e dar o tom da de um robô. Para ficar adequado colocamos caixas de som no Sony. Foi tempo e pesquisa que me ajudaram a buscar esses recursos”, explicou o estudante.

Impressora 3D

A estrutura foi criada e prototipada usando a impressora 3D do espaço maker do Farol. O grupo fabricou peças que deram sustentação às partes do corpo de Sony. Também imprimiram enfeites para melhor apresentação da invenção.

“O projeto Robô Contador de Histórias é uma alternativa de utilização de recursos lúdicos e de robótica para despertar o gosto pela leitura e escrita dos estudantes”, explica a professora e idealizadora do projeto, Anaí Rodrigues.

“Construir algo que possa ajudar na leitura foi uma experiência desafiadora. Eu aprendi muito e confesso que anseio por mais agora”, conta a estudante Isabelle Bueno Silva, de 9 anos.

Adriano Silva, pai da Isabelle, ficou orgulhoso com o trabalho dos estudantes. “Não imaginei que a escola pública tivesse tanta inovação. Estou surpreso com ela e com as possibilidades de ensino do município”, disse Adriano.

“Este trabalho mostra que as possiblidades do conhecimento são infinitas, trazendo resultados que nem imaginávamos e que melhor preparam nosso estudantes para os desafios de um mundo cada vez mais tecnológico”, destaca a secretária municipal da Educação, Maria Silvia Bacila, durante a apresentação de Sony.

FONTE: BEM PARANÁ