ESTE EMPREENDEDOR CRIOU UMA “LAN HOUSE” DE JOGOS DE REALIDADE VIRTUAL

Henrique Nunweiler é o fundador da Action VR. Meta da rede é faturar R$ 2 milhões neste ano

Henrique Nunweiler, fundador da Action VR (Foto: Redação)

Pode ser até que os mais jovens não saibam, mas não era fácil entrar na internet há alguns anos. Nem todo mundo tinha computador em casa e os smartphones ainda estavam longe de irem ao mercado. Nesse cenário, a alternativa que muita gente tinha para acessar a web era ir a lan houses, que cobravam pelas horas que os usuários passavam online.

Aqueles negócios ficaram no passado, mas um empreendedor paulista criou um negócio bastante parecido: Henrique Nunweiler, o fundador da Action VR, uma “lan house” de jogos de realidade virtual.

A empresa foi uma das participantes da Feira do Empreendedor 2019 Sebrae-SP, que ocorre até terça (8/10). O evento tem palestras, estandes e diversas oficinas para quem quer abrir ou expandir o negócio. A entrada é grátis.

Este não é o primeiro negócio de Nunweiler: há três anos, ele fundou a Desbravadores, uma franquia de estandes de jogos de tiro em Caraguatatuba, no litoral norte de São Paulo. O negócio funciona até hoje.

A Action VR tem cinco unidades em três estados brasileiros (Foto: Divulgação)

Com o passar do tempo, Nunweiler percebeu que também havia como criar negócios inovadores no mundo virtual. No fim de 2018, ele abriu a Action VR  — uma “lan house moderna”, que em vez de computadores tem jogos de realidade virtual.

Há seis meses no formato de franquia, a rede já tem cinco unidades abertas e outras cinco em fase final de negociação. “Não existe nada assim no mercado”, afirma Nunweiler. Além de oferecer os jogos de realidade virtual, todos os pontos da rede vendem colecionáveis, pôsteres e outros itens.

O empreendedor garante também que todos os colaboradores da empresa são “essencialmente nerds”. “Eles consomem o que vendem”, diz. “Eu tive uma certa facilidade na hora de abrir o negócio porque achei pessoas apaixonadas pelo propósito e querendo trabalhar junto.”

A rede pretende faturar R$ 2 milhões em 2019 (Foto: Divulgação)

Outro ponto que Nunweiler afirma que ajudou no crescimento rápido da marca foram os filmes de super-heróis. Em 2019, o último filme dos Vingadores, por exemplo, arrecadou US$ 2,8 bilhões (R$ 11,5 bilhões) de bilheteria. “Aconteceu uma grande sinergia entre o que oferecemos e o que o público está procurando”, afirma.

Ainda assim, o empreendedor encontra dificuldades para alavancar o negócio. “Todos os equipamentos dos jogos são importados e têm uma alta carga tributária”, diz Nunweiler. Além disso, ele afirma que o mercado brasileiro não é um dos principais alvos das desenvolvedoras de jogos. Por isso, é difícil fazer parcerias com essas empresas.

Até o final do ano, Nunweiler espera que a Action VR atinja um faturamento de R$ 2 milhões na rede da Action VR. O tíquete médio da empresa é de R$ 119. Para 2020, o objetivo é amplar a rede e chegar a 20 unidades.

Também a partir do ano que vem, Nunwieler pretende começar a criar times de e-sports, selecionando, gerenciando e patrocinando talentos dos jogos.

FONTE: PEGN