Esta pulseira basicamente tenta ser um ar-condicionado pessoal

Enquanto São Paulo e boa parte do Brasil passa um calor infernal, Las Vegas tem tido dias de frio suportável – parecido com os dias mais frios do nosso inverno. Cada lugar lida da maneira que pode com a temperatura: alguns lugares daí se valem de ventiladores, outros de ar-condicionado e por aqui o sistema de calefação está a todo vapor. O Embr Waze, esse bracelete doido da foto, tenta personalizar a sua sensação térmica.

A ideia é meio maluca mesmo. Segundo o representante da marca, trata-se de “um bracelete inteligente que hackeia a maneira com que você sente a temperatura”. A ideia é que caso você esteja com calor, ele te ajude a esfriar; caso você esteja com frio, ele aquece o seu corpo. O bracelete faz isso por meio de ondas frias ou quentes que vão direto para o seu pulso.

Segundo a companhia, os sensores de temperatura de pele sentem a mudança e enviam um sinal para o cérebro que muda a sensação térmica no corpo inteiro. É mais ou menos o mesmo mecanismo de quando seguramos uma caneca de chocolate quente no inverno e, por isso, ele é seguro. No final das contas, o aparelho não muda a temperatura do corpo, mas apenas a sensação térmica na pele.

As sessões de onda de frio ou calor duram de três a cinco minutos e a diferença na sensação térmica pode ser de 3ºC para cima ou para baixo. Por meio de um aplicativo, é possível configurar uma sessão mais longa, que dura 30 minutos – pode ser útil para aquela reunião na sala gelada do escritório, por exemplo.

Essa é a primeira geração do Embr Waves e, pelas fotos, eu achei que ele era maior. No meu pulso ele ainda fica gigantesco e é meio desengonçado – seria difícil digitar ao vesti-lo, por exemplo. A companhia diz que há intenção de lançar uma segunda versão, que tenha um corpo menor e que seja mais poderoso. O problema nesse caso está relacionado com a autonomia de bateria, que provavelmente seria sacrificada.

No modelo atual, é possível passar por cerca de 50 sessões de três minutos até que ela acabe. O representante diz que, em média, o usuário do produto o recarrega a cada três dias.

Ainda assim, foi destacado que a maior parte das novas funcionalidades para o bracelete deve ser disponibilizado via software. Um dos planos é liberar um modo específico para ajudar o usuário a dormir.

Eu fiz um rápido teste com o Embr Wave, passando pelos dois modos. Como o ambiente em que estávamos era quente, decidi ficar os três minutos no modo esfriar. As ondas emitidas são agradáveis, mas não é como se você tivesse uma sensação imediata de estar mais gelado. É algo sutil e que te deixa ligeiramente mais confortável. A sensação, inclusive, dura por mais tempo do que os três minutos – o problema é que senti muito mais no braço em que vesti o produto do que no resto do corpo.

Por US$ 299 (R$ 1.100, na cotação atual), é difícil dizer se vale a pena – seria preciso usar por muito mais tempo para dar um veredito. O dispositivo por enquanto é vendido apenas nos Estados Unidos e Canadá, mas há planos para expansão.

FONTE: GIZMODO