Energia eólica ganha força na Bahia e geração de empregos cresce mais do que o previsto

Investimentos em energia eólica rende geração de 700 empregos diretos. A energia eólica tem ganhado força na Bahia, com foco na criação de empregos.

Isso porque o estado segue liderando a produção eólica no país, e fechou o primeiro semestre deste ano com 35% da geração nacional desse tipo de energia renovável. Os dados são dos indicadores energéticos, divulgados pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico do Estado (SDE). O relatório ainda aponta que a Bahia é líder na comercialização dos leilões de energia eólica, com 32,46% de todos os empreendimentos comercializados.

Hoje, a Bahia possui 233 parques eólicos. A energia gerada consegue abastecer 17 milhões de residências, gerando eletricidade para 51 milhões de habitantes em 23 municípios. Ao todo, as usinas criaram 91,6 mil novos empregos.

Energia eólica rende empregos no estado em diversos âmbitos

Não é somente a produção de energia eólica que gera benefícios para a Bahia. Isso porque as empresas que fabricam as torres em aço fomentam o mercado, e conseguem gerar empregos. Hoje, a Torres Eólicas do Nordeste (TEN), fábrica baiana de torres de aço, emprega 700 funcionários.

A empresa está situada no município de Jacobina, e funciona com produção ininterrupta. A fábrica conta com quatro turnos de trabalho por dia, funcionando 24 horas. Ele prioriza a contratação da mão de obra de moradores da região, onde, atualmente, conta com 83% dos funcionários de Jacobina.

A fábrica busca trabalhar a mão de obra local através de cursos em parceria com o SENAI. Para ela, a sua missão é contribuir com o crescimento da região, através da geração de empregos e energia limpa.

Energia eólica favorece a geração de empregos no Brasil

Um estudo realizado pela Associação Brasileira de Energia Eólica (ABEEólica), apontou que diversos efeitos positivos do setor eólico afetam a economia do país, gerando mais empregos. O relatório foi desenvolvido por Bráulio Borges, pesquisador-associado do FGV-IBRE e economista-sênior da LCA Consultores. O documento apontou que quase 196 mil empregos foram gerados no setor, entre 2011 e 2020, sendo 10,7 empregos por MW instalado na fase de construção dos parques.

O levantamento também apontou uma média de 0,6 empregos por MW instalado para operação e manutenção das usinas. Dessa forma, Elbia Gannoum, Presidente da ABEEólica, afirma que a entidade trabalha com valores que vão de 10 a 15 postos de trabalho por MW. Com essa margem de 10,7, o índice se mostra conservbador na estimativa, e agora é necessário refinar estes dados para encontrar um cenário mais detalhado da geração de empregos no país.

Além disso, o documento também indicou que cada R$1,00 investido em energia eólica tem impacto direto no PIB do país. Baseado no valor investido entre 2011 e 2020, que foi de R$110,5 bilhões na construção de parques eólicos. Por fim, Gannoum afirma que ela é uma prova de que, além da energia eólica ser renovável, ela também é uma forma gradual de aquecer atividades econômicas nas regiões onde são instalados os parques. Por isso, o número é fundamental em um cenário onde discutimos a retomada da economia verde.

FONTE: https://clickpetroleoegas.com.br/energia-eolica-ganha-forca-na-bahia-e-geracao-de-empregos-cresce-mais-do-que-o-previsto/