EMPRESÁRIO DESENVOLVE “ALIMENTADOR” PARA PETS QUE PODE SER CONTROLADO PELO CELULAR

A startup mineira ZenPet criou uma máquina que dispõe a ração do animal em horários e porções programadas, através de aplicativo

Jefferson Magalhães, o CEO da ZenPet, e o shitzu Bob (Foto: Divulgação)

Só quem já teve um pet que fugiu de casa sabe como essa experiência pode ser desesperadora e traumática. É o caso do mineiro Jefferson Magalhães, 38, de Uberlândia. Em 2014, quando o cachorro de sua mãe, o lhasa apso Zen, escapou pela porta aberta de casa e saiu correndo pela rua, Magalhães ficou apavorado.

Mas após 3 horas de busca, felizmente, a história de Zen teve um final feliz: a família o encontrou no aconchego de uma senhora.

Porém, essa experiência impactou Magalhães de tal que ele, tecnólogo em sistemas eletrônicos, começou a pensar em como a tecnologia poderia solucionar o problema de pets fugitivos e perdidos pelas ruas.

Essa ideia ficou matutando por um tempo em sua cabeça, ao mesmo tempo em que Magalhães – que já havia empreendido com uma startup focada em agricultura de precisão anteriormente – começou a ter vontade de criar um novo negócio. Foi assim que, no início de 2016, o mineiro pediu demissão e criou ZenPet, startup que desenvolve tecnologias para o bem-estar dos animais e de seus donos.

Logo que iniciou no mercado, Magalhães, movido pela experiência do sumiço de Zen e também pela história de outros donos de pets que passaram por situações parecidas, propôs-se a criar uma medalhinha de pet com um QR Code que informasse dados do animal e contato do dono.

Essa era sua alternativa para garantir que animais perdidos fossem entregues aos seus respectivos lares. “Mas a medalhinha, apelidada de TAG, serviu só como uma porta de entrada da nossa marca no mercado. Não pegou como esperávamos, pois as pessoas preferiram gravar seus telefones e nomes nas correntes de seus bichos”, afirma Magalhães. Havia chegado a hora de tentar algo novo.

Junto ao seu sócio, o engenheiro mecânico Júlio Almeida, 27, Magalhães desenvolveu os dois atuais produtos da ZenPet, ainda não apresentados ao mercado: um “alimentador” e um bebedouro pet.

“Conversando com donos de pet, descobri que as pessoas tinham dificuldades de conseguir controlar a alimentação de seus animais, principalmente por conta da rotina de trabalho”, diz Magalhães.

O shitzu Bob junto ao alimentador do ZenPet (Foto: Divulgação)

O shitzu Bob junto ao alimentador do ZenPet (Foto: Divulgação)

O alimentador, que ganhará sua versão piloto em janeiro de 2018, funciona, basicamente, como uma máquina que coloca ração no potinho do animal em horários e quantidades programadas através de um aplicativo. Ou seja, o dono recheia o reservatório do alimentador (que será produzido nas versões de 3kg ou 15kg) e programa, através de seu smartphone, o horário que a ração deve cair no potinho e a quantidade ideal por refeição. Por estar conectado à internet, o alimentador segue as orientações definidas pelo dono.

Em abril de 2018, mês em que a ZenPet pretende lançar a versão oficial do produto, o alimentador também irá conter uma câmera e microfone. “No aplicativo da ZenPet, o dono irá conseguir assistir ao seu pet e interagir com ele”. Nessa versão final, o aplicativo também irá informar ao dono os hábitos de consumo do animal.

Já outro produto que a ZenPet pretende lançar ao mercado em abril de 2018 é o bebedouro, uma fonte de água com foco para gatos. Assim como o alimentador, o bebedouro será associado ao aplicativo da startup e irá informar ao dono a quantidade de água que o animal está consumindo e sempre que for necessário reabastecer o estoque.

Ambos os equipamentos foram pensados tecnologicamente pela equipe da ZenPet e produzidos por empresas terceirizadas. “Viemos desenvolvendo esses equipamentos há um ano e meio e já foi investido cerca de R$ 600 mil nos três produtos. Mesmo que ainda não tenham sido lançados, já temos uma lista de mais de 100 pessoas interessadas neles”, afirma Magalhães.

Segundo o CEO, a expectativa é de que o bebedouro custe R$ 290 e o alimentador R$ 990 (3 kg) e R$ 1290 (15 kg).

Além do custo dos equipamentos, a ZenPet espera monetizar seu negócio oferecendo serviço de compra recorrente de ração de marcas parceiras através do aplicativo.

FONTE: Pequenas Empresas Grandes Negócios