EMPRESÁRIO CRIA APP DE TRANSPORTE PARA O PÚBLICO LGBT EM MINAS

O Homo Driver, fundado por Thiago Vilas Boas, já está disponível para passageiros e motoristas

Thiago Vilas Boas, fundador do Homo Driver (Foto: Divulgação)

Aplicativos que conectam motoristas em busca de uma renda extra a passageiros interessados em um transporte mais confortável e com bom custo-benefício mudaram a mobilidade nas grandes cidades.

No entanto, nem tudo são flores: há determinados públicos que não se sentem seguros ao usar este tipo de serviços. Esse sentimento levou à criação de aplicativos apenas para mulheres – conheça um deles aqui.

Agora, um empresário mineiro criou um serviço voltado especialmente para a comunidade LGBT: ele é Thiago Vilas Boas, fundador do Homo Driver.

De acordo com o empreendedor, a ideia para o Homo Driver surgiu após um MBA em negócios, marketing e mídias sociais. Eles perceberam que a comunidade LGBT não se sentia segura dentro dos carros de apps tradicionais. “Por meio de uma análise social, nós percebemos que os aplicativos de mobilidade urbana não atendiam de forma satisfatória a comunidade LGBT, devido à falta de segurança, empatia e liberdade que essas pessoas sentiam nos carros”, afirmou Vilas Boas ao “Hoje em Dia“.

Para colocar o app no ar, foram necessários 12 meses de trabalho e um investimento de R$ 500 mil. Junto com Vilas Boas, o serviço tem como sócio o empresário Gerson Almeida.

Telas do Homo Driver. App tem meta de chegar a várias capitais brasileiras em 2019 (Foto: Divulgação)

O serviço foi ao ar em 18 de dezembro. Nas primeiras 24 horas desde o lançamento, o Homo Driver conseguiu 1,5 mil downloads.

O Homo Driver surgiu para atender e empregar apenas a população LGBT. No entanto, a startup passou a receber demandas de mulheres dispostas a usar o serviço. A empresa, por sua vez, decidiu abrir o leque.

De acordo com Vilas Boas, o treinamento dos motoristas é bastante rigoroso. “Eles passam por uma capacitação online com simulações do que ele vai encontrar nas ruas, como casais gays de homens e mulheres”, diz.

Outra diferença entre o Homo Driver e os outros apps é que, ao final da corrida, clientes e motoristas podem dizer se houve situações de homofobia, discriminação e preconceito. “Por meio disso, nós conseguimos saber imediatamente se houve algum caso assim e excluir o usuário ou motorista da plataforma”, afirma o empresário.

A estimativa do Homo Driver é que o serviço conquiste 10 mil downloads em 3 meses. Segundo Vilas Boas, a startup deve chegar em São Paulo em março de 2019 e chegar a outras capitais do país no decorrer do ano que vem.

FONTE: PEGN