EMPREENDEDORES CRIAM APLICATIVO PARA DIMINUIR FILAS NA PORTA DAS ESCOLAS

Leo Gmeiner e José Rubens Rodrigues lançaram um app que facilita a saída das aulas. Em 2018, a empresa faturou R$ 510 mil

José Rubens Rodrigues e Leo Gmeiner, fundadores da Filho sem Fila (Foto: Divulgação)

Um dia, em 2013, Leo Gmeiner ficou 40 minutos esperando pelos filhos na porta da escola. Pai de três crianças, Gmeiner passava frequentemente por aquele transtorno. Cansado daquilo, teve um “estalo”: criar um aplicativo que facilitasse a saída dos alunos para a escola e para os responsáveis.

Gmeiner é cofundador do Filho sem Fila, um app que facilita a entrega e a busca dos alunos. Em 2018, o faturamento da startup chegou a R$ 510 mil.

Gmeiner começou a empreender em 2003, com uma empresa de marketing. Mas cinco anos depois, com o surgimento dos apps como modelo de negócio, o empreendedor mudou de área. “Eu não conhecia nada de aplicativos, mas pesquisei muito sobre o assunto e decidi investir”, diz. Em 2010, então, Gmeiner se juntou ao empreendedor José Rubens Rodrigues e abriu a Intuitive Appz, uma desenvolvedora de aplicativos.

Até 2013, quando surgiu a ideia do Filho sem Fila, a Intuitive Appz só desenvolvia aplicativos para outras empresas. Mas acreditando nesse novo projeto, Gmeiner logo ligou para o sócio. “Conversamos sobre a viabilidade técnica de um aplicativo como aquele”, afirma. “Falei também com diretores de escola, pais e porteiros para ver se o app teria saída.”

Usando a equipe da Intuitive Appz, o desenvolvimento do aplicativo começou. No total, foram quase R$ 100 mil de investimento. Em 2015, o Filho sem Fila foi oficialmente lançado.

O serviço informa as escolas, com uma antecedência que varia entre 10 e 15 minutos, que os pais estão chegando. Ao receber a notificação, um funcionário da escola prepara a criança para a saída. A organização do fluxo de pais, de acordo com a startup, elimina as filas.

A escola também tem uma lista, com fotos das pessoas autorizadas a retirar as crianças. A Filho sem Fila afirma que mantém a privacidade dos usuários. Não é possível rastrear o caminho dos pais, por exemplo – as escolas sabem apenas a distância entre a localização dos pais e o colégio.

Além disso, a empresa oferece soluções como lista de presença, calendário e newsletter.

O aplicativo tem mais de 90 mil downloads (Foto: Divulgação)

Hoje, o aplicativo tem mais de 90 mil downloads, com 55 mil responsáveis e 32 mil crianças cadastradas. O Filho sem Fila atende 180 escolas no Brasil, 2 no Canadá e uma no Paraguai.

O serviço é gratuito para os pais e responsáveis – o custo fica com a escola. O valor varia de acordo com a quantidade de alunos e com o modelo do app. No aplicativo customizado com a identidade visual da escola, a startup cobra R$ 1,80 por aluno por mês. Já na versão padrão, em que é comercializada publicidade, o valor é R$ 1,20 por aluno por mês.

Leo Gmeiner (Foto: Divulgação)

Para Gmeiner, o importante é ficar sempre atualizado com as necessidade do cliente. “Ouvindo os feedbacks, nascem novas funcionalidades”, diz o empreendedor.

Para o futuro, a Filho sem Fila tem duas frentes de planejamento. A primeira é o produto, que vai receber novas funções. A segunda é a internacionalização do aplicativo. “Queremos chegar nos Estados Unidos, por meio da nossa presença no Canadá”, afirma Gmeiner. No momento, a empresa está buscando novos representantes para expandir para outros países.

FONTE: PEGN